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sábado, 16 de abril de 2011

As mistériosas Linhas de Nazca

As linhas de Nazca são geóglifos e linhas direitas no deserto Peruano. Foram feitas pelo povo Nazca, que floresceu entre 200 a.C. e 600 d.C. ao longo de rios que desciam dos Andes. O deserto estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico. A área de Nazca onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar. As pedras vermelho escuras e o solo foi limpo, expondo o subsolo mais claro, criando as "linhas". Não existe areia neste deserto. Do ar, as "linhas" incluem não só linhas e formas geométricas, mas também representações de animais e plantas estilizadas. Algumas, incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do deserto. As linhas de Nazca são comunais. A sua criação demorou centenas de anos e exigiu um grande número de pessoas trabalhando no projeto. O seu tamanho e propósito levou alguns a especularem que tinham sido visitantes de outro planeta a criarem e/ou dirigirem o projeto. Erich Von Däniken pensa que as linhas de Nazca formam um aeroporto (ou astroporto) para nave extra terrestre Chariots of the Gods? (1968), Arrival of the Gods: Revealing the Alien Landing Sites at Nazca (1998), uma idéia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fate e tornada popular nos anos sessenta por Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar dos Mágicos. Se Nazca era um campo de aviação alienígena, era muito confuso, consistindo de gigantescas figuras de lagartos, aranhas, macacos, lamas, pássaros, etc., para não mencionar linhas em ziguezague e desenhos geométricos. Também é muito amável da parte desses ETs representarem plantas e animais de interesse para os locais, mesmo tornando a navegação mais difícil do que se usassem uma pista a direito. Também devia ter muito movimento para precisar de 37 milhas de comprimento. Contudo, não é muito provável que naves aterrassem na área sem alterar os desenhos do solo. Ora, tais alterações não existem.

A teoria extra terrestre é proposta principalmente por aqueles que consideram difícil de acreditar que uma raça de "índios primitivos" poderia ter a inteligência de conceber tal projeto, muito menos a tecnologia para transformar o conceito em realidade. As evidências apontam em sentido contrário. Os Aztecas, os Toltecs, os Incas, os Maias, etc., são prova bastante que os Nazca não necessitaram de ajuda extra terrestre para criar a sua galeria de arte no deserto.
Em qualquer caso, não é necessário possuir uma tecnologia muito sofisticada para criar grandes figuras, formas geométricas e linhas retas, como foi mostrado pelos criadores dos chamados círculos nas searas. Os Nazca provavelmente usaram grelhas para os seus geóglifos gigantes, tal como os seus tecelões para os seus tecidos de padrões complexos. A parte mais difícil do projeto estaria em mover todas as pedras e a terra para revelar o subsolo mais claro. Não há realmente nada misterioso sobre como os Nazca criaram as suas linhas e figuras.
Alguns pensam que é misterioso o fato das figuras terem permanecido intactas durante centenas de anos. Contudo, a geologia da área resolve este mistério. Pedras (e não areia) constitui a superfície do deserto. Devido à umidade, a sua cor escura aumenta a absorção do calor. A camada de ar quente resultante junto à superfície funciona como uma capa contra o vento; enquanto isso, os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste "pavimento" assim criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosão é praticamente nula - permitindo assim a notável preservação dos desenhos. O mistério é o porquê. Porque iniciaram os Nazca tal projeto envolvendo tantas pessoas durante tantos anos?
G. Von Breunig pensa que as linhas eram usadas para corridas a pé. Ele examinou as linhas curvas e concluiu que tinham sido parcialmente formadas por corridas contínuas. O antropólogo Paul Kosok defendeu durante pouco tempo que as linhas eram de um sistema de irrigação, mas rejeitou a idéia pouco depois. Especulou então que as linhas formavam um gigantesco calendário. Maria Reiche, uma emigrante alemã e aluna do arqueólogo Julio Tello da Universidade de San Marcos, desenvolveu a teoria de Kosok e passou a maior parte da sua vida a reunir dados que provassem que as linhas representam os conhecimentos astronômicos dos Nazca. Reiche identificou muitos alinhamentos astronômicos, que, caso os Nazca os conhecessem, seriam muito úteis para as suas sementeiras e colheitas. Contudo, existem tantas linhas em tantas direções diferentes que não encontrar alinhamentos astronômicos seria quase miraculoso.
De qualquer modo, as linhas são parte de um projeto. Existem todas as imagens que se tornaram interessantes para antropólogos depois de serem vistas do ar nos anos 30. É pouco provável que um projeto desta magnitude não fosse de caráter religioso. Envolver toda uma comunidade durante séculos indica o supremo significado do local. Como as pirâmides, as estátuas de gigantes e outra arte monumental, a arte Nazca fala de permanência. Ela diz: estamos aqui e não nos movemos. Não são nômades, caçadores ou coletores. Esta é uma sociedade agrícola. Claro que uma sociedade pré-científica, que se vira para a magia e a superstição (i.e., religião) para ajudá-los nas colheitas. Os Nazca tinham os conhecimentos de irrigação, semear, colher, etc. Mas o tempo é traiçoeiro. As coisas podem correr bem por meses ou mesmo anos, e numa única geração comunidades inteiras são forçadas a moverem-se, devido a inundações, vulcões, incêndios, ou o que a Mãe Natureza mande.
Era um local para adoração? Era a Meca dos Nazca? Um lugar de peregrinação? Eram as imagens parte de rituais destinados a aplacar os deuses ou pedir a sua ajuda na fertilidade das pessoas e das colheitas, ou com o tempo, ou com a provisão de água? Que as figuras não fossem vistas do solo não seria importante do ponto de vista religioso ou mágico. De qualquer modo, figuras similares aos gigantes de Nazca decoram a olaria encontrada em locais fúnebres próximos e é visivel dos seus cemitérios que os Nazca se preocupavam com a morte. Restos mumificados enchem o deserto, abandonados por caçadores de túmulos. Seria este um local de rituais para garantir a imortalidade dos mortos? Não sabemos, mas se este mistério algum dia fôr resolvido, sê-lo-á por cientistas sérios, não por pseudocientistas especuladores moldando os dados para encaixarem nas suas histórias de extra terrestres.
Este é sem dúvida alguma, um dos maiores mistérios para o gênero humano. Não muito longe do Oceano Pacífico, no Peru, a aproximadamente 200 milhas ao sul de Lima, entre a cidade de Nazca e Palpa, se estende uma grande planície... Bem depois, do outro lado desta planície, está situada uma região cheia de estranhos e misteriosos sinais riscados em seu solo.
Trata-se de desenhos formados por linhas que ora correm paralelas e ora se cruzam, compondo formas geométricas enormes. São símbolos estranhos, que só podem ser apreciados de muito alto.
Estas figuras podem ser divididas em dois tipos:

A: Geóglifos - São as formas geométricas de tamanho muito grande, representando freqüentemente figuras geométricas compostas por vários círculos, triângulos, espirais e linhas retas localizadas uma ao lado de outra. Ao redor e dentro destas linhas há zonas trapezoidais grandes. Existem aproximadamente 900 geóglifos na planície.

B: Biomorfose - Mais velhos que os geóglifos, cerca de 70 figuras estilizadas formando gigantescos animais como uma aranha, um pelicano, um beija-flor, uma cobra, uma lhama, uma flor, um macaco, etc. Quase todos eles estão situados num pequeno canto a noroeste da região de pampa. Estas figuras parecem ter sido criadas há aproximadamente mil anos antes da data da criação dos geóglifos. Os animais não se alinham, nem sequer estão nas mesmas direções das formas geométricas.


Mapa das linhas arqueologicas

Muitas linhas de Nazca parecem não ter nenhum padrão. Correm em todas as direções possíveis. Algumas delas se estendem por cinco ou seis milhas passando em cima de colinas e vales. Elas só foram reconhecidas em 1930, com os primeiros sobrevôos pela região. Por que elas foram colocadas lá? Elas são alguma forma de sinal? Ou podem ser calendários astronômicos, ou uma zona de aterrissagem gigantesca para extraterretres?
Ninguém sabe quem fez estes padrões misteriosos no deserto peruano perto da cidade litoral de Nazca. Eles sempre foram um grande assunto para todos os tipos de discussões, especulações e teorias diferentes. Eles poderiam ser feitos para visitas antigas? Os extraterrestres e suas espaçonaves? Assim, uma das teorias diz que os retângulos e as linhas retas são algum tipo de pista de aterrissagem para naves extraterrestre. Como alguns deles terminam abruptamente, em cima de montanhas ou pedras, elas não poderiam ser estradas normais.
Muitas perguntas importantes permanecem sem respostas satisfatórias... Como os desenhos peruanos foram feitos, ou por quem, ou para que propósito? Isto é totalmente desconhecido. Como povos antigos puderam se utilizar do terreno do deserto para traçar sinais enormes e figuras de dimensões tão perfeitas, sem qualquer possibilidade para olhar para elas ou calcular a perfeição de seus desenhos.
Como eles poderiam estar seguros do que estavam fazendo sem olhar de uma grande altura? Certamente, foi um trabalho muito difícil de fazer... Seriam estas figuras dedicadas a um Deus ou será que elas serviram como algum sinal amável para visitantes vindos do espaço?
Fonte: Centro de Ufologia Brasileiro: http://www.cubbrasil.net/
Fotos: Google image: