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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

The Walking Dead... Os zumbis existem, e não comem cérebros.


Alo? Tem cérebro ai?
Um zumbi ou zombie é uma criatura fictícia que aparece nos livros e na cultura popular tipicamente como um morto reanimado ou um ser humano irracional. Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais do Vodu afro-caribenhos, que contam sobre trabalhadores controlados por um poderoso feiticeiro.Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estado catatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.
A figura dos zumbis ganhou destaque num gênero de filme de terror, principalmente graças ao filme de 1968 "Night of the Living Dead" de George A. Romero.

Vodu é pra jacú??? É melhor não brincar com isso...
Senão...


De acordo com os princípios do Vodu, uma pessoa morta pode ser revivida por um sacerdote ou feiticeiro. Zumbis permanecem sob o controle do bokor já que não têm vontade própria. "Zombi" também é outro nome da serpente vodu Iwa Damballah Wedo, de origem do Níger-Congo, é semelhante ao Nzambi palavra kikongo, que significa "deus". Existe também dentro da tradição ocidental africana do Vodu o "astral zumbi", que é uma parte da alma humana, que é capturada por um sacerdote e usada para aumentar o poder do sacerdote. O astral Zombi é normalmente mantido dentro de uma garrafa que o sacerdote pode vender aos seus clientes para dar sorte ou sucesso financeiro.
IRRK...
Acredita-se que, após um tempo, Deus tomará a alma de volta o que torna o zumbi uma entidade espiritual temporária. A lenda Vodu sobre o zumbi diz ainda que quem o alimenta com sal vai fazê-lo retornar para o túmulo. Em 1937, enquanto pesquisava o folclore do Haiti, Zora Neale Hurston encontrou o caso de uma mulher que apareceu em uma aldeia e uma família alegou que ela era Felicia Felix-Mentor, uma parente que havia morrido e sido enterrada em 1907 com idade de 29 anos. Hurston alegou que os rumores se deveram ao uso de uma poderosa Droga psicoativa por parte das testemunhas do fato, mas ela foi incapaz de localizar os indivíduos para obter mais informação.
Algumas comunidades da África do Sul, acredita-se que uma pessoa morta pode ser transformada em um zumbi por uma criança pequena. É dito que a magia pode ser quebrada com um sangoma poderoso o suficiente.



Os zumbis existem também em lugares como: Haiti, Índia e também na Indonésia onde a zumbificação já se tornou uma tradição. Em Toraja, na Indonésia se alguém morre por alguma doença contagiosa, ninguém vai querer por as mão no corpo, então o morto é trazido de volta e "programado" para ir sozinho ate o seu túmulo. O cadáver é acordado usando magia negra. O corpo anda por si só, e é orientado por um especialista em magia negra que fica atrás dele. Mas existe uma proibição, o cadáver não deve ser nomeado. Uma vez que nomeado o cadáver cai e não é capaz de andar novamente.
_Desculpe acordar a senhora do caixão, mas
só a senhora sabe onde esta a chave do
carro, mamãe...
_HUUUUUUMMM... 
Já no Haiti os zumbis são personagens comuns no folclore. Pesquisadores que estudam a cultura haitiana relacionaram inúmeras histórias de corpos que voltaram à vida graças aos sacerdotes ou feiticeiros de vodu. Eles não têm autoconsciência e não chegam a representar perigo, a não ser que comam sal, o que restaura seus sentidos.

Em 1980, um homem apareceu numa vila rural do Haiti dizendo ser Clairvius Narcisse, que havia morrido no Hospital Albert Schweitzer, de Deschapelles, Haiti, em 2 de maio de 1962. Ele se dizia consciente mas paralisado durante sua suposta morte: ele até teria visto o médico cobrir seu rosto com um lençol. Narcisse disse ter sido ressuscitado e transformado em zumbi por um sacerdote. Uma vez que o hospital documentou sua doença e morte, os cientistas o viram como uma possível prova dos zumbis haitianos. Narcisse respondeu perguntas sobre sua família e infância que nem um amigo íntimo saberia responder. No final das contas, sua família e muitos observadores externos concordaram que ele era um zumbi que havia ressuscitado. Narcisse foi o incentivo para o Projeto Zumbi: um estudo sobre as origens dos zumbis feito no Haiti entre 1982 e 1984. Durante essa época, o etnobotânico e antropólogo Wade Davis viajou pelo Haiti na esperança de descobrir o que dá origem aos zumbis haitianos.
Clairvius Narcisse... Sim, ele é um zumbi!

Davis viajou para o Haiti a pedido do Dr. Nathan S. Kline, que criou a teoria de que uma droga tinha sido a responsável pelas experiências de Narcisse como zumbi. Uma vez que tal droga poderia ser usada medicinalmente, particularmente no campo da anestesiologia, Kline esperava reunir amostras, analisá-las e determinar como elas funcionavam. Ele observou que os haitianos que acreditavam em zumbis também acreditavam que eles eram criados pela feitiçaria de um sacerdote (e não por um veneno ou uma droga). Segundo a sabedoria local, o sacerdote pega o "Ti Bon Ange" da vítima, ou seja, a sua alma, para criar o zumbi, mas durante sua pesquisa Davis descobriu que o sacerdote usava pós elaborados, feitos de plantas secas e animais em seus rituais. Reunindo oito amostras desse pó de zumbi em quatro regiões do Haiti. Seus ingredientes não eram idênticos, mas sete das oito amostras tinham quatro ingredientes em comum:

Argh... Não devia ter comido o
cérebro daquele integrante do BBB...
  • uma ou mais espécies de baiacu, que normalmente contém uma neurotoxina mortal chamada tetrodotoxina;
  • uma espécie de sapo boi (Bufo marinus) haitiano, que produz inúmeras substâncias tóxicas;
  • um sapo de hyla (Osteopilus dominicensis), que produz uma substância irritante, porém não mortal;
  • restos humanos. 
Além disso, os pós tinham outros ingredientes de plantas e animais, como lagartixas e aranhas, que poderiam irritar a pele. Alguns deles tinham até vidro triturado. De acordo com a teoria de Davis, o pó, aplicado topicamente, irritava e rachava a pele da vítima. A tetrodotoxina poderia então passar para a corrente sanguínea  paralisando a vítima e causando sua morte aparente. A família enterraria a vítima e o sacerdote retiraria o corpo do túmulo. Se tudo corresse bem, acabaria o efeito do veneno e a vítima acreditaria ser um zumbi. Mais ainda ficam várias duvidas quanto a existência dos zumbis no Haiti.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zumbi
http://grandesmisteriosdouniverso.blogspot.com.br/2010/11/zumbis-existem.html - texto de  Alexandre Brito.
Imagens: Google image