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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A Proclamação da República... Muda os poderes, mas não muda as curiosidades...



Antecedentes

E viva a Republica! E os pasteizinhos da dona Lola!!!

De certa forma a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi a nossa Revolução Francesa que tardou cem anos a chegar. Foi com a República que implantou-se o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estada da Igreja. Terminou-se com a hierarquia baseada no nascimento e na tradição de família substituindo-a pela forma republicana e democrática baseada no talento pessoal e no mérito. Ela foi obra de militares e de um escasso grupo de civis do Partido Republicano, fundado em 1873.

Os militares a crise do Império

O Império havia sempre dado preferência pela Marinha de Guerra, arma aristocrática. Foi a longa e dolorosa Guerra do Paraguai, travada entre 1865 e 1870, que terminou por projetar o exército Brasileiro como força política. ao ter que armas e adestrar milhares de soldados e oficiais o Império terminou inclinando o peso da balança do poder para os soldados. Também foi fator marcante da atitude cada vez mais republicana por parte da oficialidade o seu contato com os militares da Argentina e do Uruguai durante a guerra paraguaia. Até 1889 o brasil era o único Império existente na América inteira. Todas as demais nações vizinhas eram Republicanas. É claro que a guerra serviu para atiçar o ardor nacionalista das tropas o que levou a oficialidade a hostilizar cada vez mais o Conde D'Eu, de origem francesa, o marido da Princesa Isabel e provável sucessor de fato do velho Imperador D. Pedro II. Tamanho passou a ser o receio de que o exército desse um golpe depois de sua vitória contra o Paraguai que as autoridades imperiais resolveram cancelar a marcha da vitória que seria realizada pelas tropas vindas da guerra recém finda. Vários militares converteram-se não apenas ao republicanismo como também ao abolicionismo. Entre eles destacou-se o coronel Sena Madureira que publicamente parabenizou os jangadeiros cearenses quando aqueles negaram-se a transportar escravos em suas embarcações apressando a abolição da escravatura no Ceará. Sena Madureira foi repreendido pelo Ministro Civil que o puniu. Foi que bastou para que vários oficiais se tornassem solidários com Sena Madureira, entre outros o Marechal Deodoro da Fonseca.

Os militares e a abolição

Marechal Deodoro da Fonseca
_Terei errado???
Entremente o movimento abolicionista estimulava tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo as fugas em massa dos escravos. As matas do vale do Parnaíba estavam repletas de fugitivos. Seu número chegou a tal expressão que as autoridades imperiais cogitaram de utilizar-se do Exército para recapturá-los. Foi então que o Marechal Deodoro da Fonseca enviou-lhes um telegrama negando-se a transformar seus soldados e oficiais em "capitães do mato". A um Exército que recém vinha de uma guerra vitoriosa repugnava ser lançado em indignas operações policiais. Desta forma eles se colocavam objetivamente a favor da abolição o que ocorreu logo em seguida.

Os republicanos

Os dois maiores partidos brasileiros eram monarquistas: o Partido Liberal e o Partido Conservador. Desde o governo de conciliação de 1853 eles se alternavam no poder sem grandes litígios. Na prática o Brasil era um país com governo extremamente centralizado apesar da aparência parlamentarista. Inspirados então pela proclamação da 3ª República francesa, políticos paulistas resolveram primeiro lançar um Manifesto Republicano em 1870 e depois formalizaram a fundação de um partido três anos depois, em 1873. Quando a República foi proclamada pelos militares em 15 de novembro, os civis republicanos eram uma escassa minoria espalhada pelo país. Na verdade eram ilhas minúsculas cercadas pelos partidários da monarquia por todos os lados. Mas os esforçados e coesos republicanos exploraram bem os constantes atritos que o exército passou a ter com os governos imperiais. Dado a sua pouca representatividade eles perceberam que dificilmente a monarquia seria destituída sem o socorro das armas do Exército. Assim a imprensa republicana passou a vigiar cada manifestação dos oficiais bem como colocou suas páginas para que eles dessem vazão a sua insatisfação. Aqui no Rio Grande do sul o jornal republicano "A Federação" dirigido por Júlio de Castilhos não media esforços para abrir mais e mais as brechas abertas entre os oficiais e o Imperador. Inclusive foi num sítio de propriedade de Júlio de Castilhos onde, vários meses antes da proclamação republicana, adotou-se a tática de estimular os militares ao golpe.



Agora veja: 10 curiosidades sobre a Republica no Brasil

Putz! Chamem o carpinteiro! O troninho
tá podre!!!

  1. - O primeiro a dar o grito da República foi o sargento-mor e vereador de Olinda Bernardo Vieira de Melo. O militar lançou a proposta em 10 de novembro de 1710 porque estava insatisfeito com a exploração abusiva do país pelos monarcas portugueses. O pedido foi rejeitado.
  2. - Ao proclamar a República, Deodoro da Fonseca estava com um ataque de dispneia. Foi tirado da cama no meio da noite para comandar o cerco ao Ministério. Foi sem a espada, porque seu ventre estava muito dolorido. O cavalo baio que usou não foi mais montado até a sua morte, em 1906.
  3. - Deodoro havia decidido apoiar os republicanos quatro dias antes. “Eu queria acompanhar o caixão do imperador, que está idoso e a quem respeito muito. Mas o velho já não regula bem, Portanto, já que não há outro remédio, leve à breca a Monarquia. Que venha, pois, a República”, disse.
  4. - Quando passou pelo portão do Ministério da Guerra, o marechal acenou com o quepe e ordenou às tropas que se apresentassem. As tropas se perfilaram e ouviram-se os acordes do Hino Nacional. Estava proclamada a República. Não houve derramamento de sangue.
  5. - Mesmo depois de proclamada a República, ninguém quis levar o telegrama com a notícia para D. Pedro II, que estava em seu palácio em Petrópolis. No meio da noite, o major Sólon Ribeiro foi ao encontro do Imperador, que teve que ser acordado.
  6. - Com medo de manifestações a favor da monarquia, os líderes do movimento pediam que D. Pedro II e sua família partissem naquela mesma madrugada. Dizem os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que Isabel ficou muda e que o Imperador apenas soltou um desabafo: “Estão todos loucos!”
  7. - Antes de viajar, no dia 17 de novembro, D. Pedro II escreveu uma mensagem: “Cedendo ao império das circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã [...] Ausentando-me, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade.”
  8. - No momento de embarcar, o imperador recebeu um convite de seu sobrinho, D. Carlos, rei de Portugal, colocando à sua disposição um dos seus palácios em Lisboa. Pedro agradeceu, mas não aceitou a oferta. Anos depois, Pedro II morreu deitado num travesseiro que ele encheu com terra brasileira.
  9. - No dia 5 de dezembro de 1889, o navio Alagoas chegou a Lisboa. A viagem da família real durou 18 dias. Apesar de ter sido recebido com honras, ele preferiu se hospedar com a imperatriz Teresa Maria num hotel na cidade do Porto. Depois de 23 dias, Teresa Cristina faleceu no quarto do hotel.
  10. Agora, veja esse quadro dos presidentes que já passaram no nosso querido e amado poder brasileiro e reflita:
  11. Algo não deu certo...

Fonte: http://www.historiadigital.org/historia-do-brasil/brasil-republica/republica-velha/10-curiosidades-sobre-a-proclamacao-da-republica/ Guia dos Curiosos: 10 curiosidades sobre a Independência do Brasil
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/republica.htm