Últimas notícias do Viking
Mundo, Historiografia, Arqueologia, Astronomia e Concursos para professores em todo o Brasil

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Idi Amin Dada - Além de uma musíca do Raul, esse bruto do mês fez bruta história!

É... Tem a cara do Mussum! Mas tinha graça
nenhuma.
O ex-ditador de Uganda nascido em uma pequena tribo de camponeses muçulmanos de Kakwa, nas margens do Nilo e um dos distritos mais remotos de Uganda, um dos déspotas mais sanguinários da África, considerado culpado pela morte de dezenas de milhares de ugandenses, que tomou o poder em um golpe militar (1971), derrubando o presidente Milton Obote. Alistado no Exército britânico, onde foi ajudante de cozinheiro do regimento britânico King's African Rifles, e impressionou com seu 1,90 metro de altura, seus 110 kg e sua habilidade pugilística, que o converteram em campeão de boxe na categoria peso pesado de seu país (1951-1960). Após a independência do país (1962) tornou-se chefe do Exército (1966) do presidente Milton Obote. Após o golpe de estado, depois de alguns meses de moderação, iniciou rapidamente a arbitrariedade como estilo de governo que durante oito anos (1971-1979) de um regime brutal deixou um país arruinado e centenas de milhares de pessoas assassinadas. Demonstrando um temperamento megalômano, vingativo e violento, expulsou (1972) cerca de 40 mil asiáticos, descendentes de imigrantes do império britânico na Índia, dizendo que Deus lhe havia dito para transformar Uganda em um país de homens negros. Uma figura grande e imponente, seu comportamento excêntrico criou a imagem de um bufão dado a explosões irregulares e foi chamado de Bug Daddy. Uma vez se declarou rei da Escócia, proibiu hippies e minissaias, e chegou a um funeral da realeza saudita usando um kilt. Certa vez (1999) disse a um jornal ugandense que ele gostava de tocar acordeão e de recitar o Alcorão. Depois de assumir o poder (1971), tornou-se um ditador que violava os direitos humanos fundamentais durante um "reinado de horror", segundo a Comissão Internacional de Juristas. Expressava admiração por Adolf Hitler, foi denunciado dentro e fora do continente africano por matar dezenas de milhares de pessoas durante seu governo (1971-1979). Algumas estimativas dizem que o número ultrapassa as 100 mil pessoas. Muitos ugandenses acusavam o ex-campeão de box de manter cabeças decepadas em uma geladeira, de alimentar crocodilos com cadáveres e de ter desmembrado uma de suas esposas. Alguns diziam que ele praticava canibalismo. Rompeu relações diplomáticas com Israel e ordena a expulsão de 90 mil asiáticos, a maioria comerciantes indianos e paquistaneses, e de vários judeus (1972). Foi recebido (1975) pelo papa João Paulo VI como chefe em exercício da Organização da Unidade Africana. Foi notícia internacional (1976) quando, depois do seqüestro de um avião da Air France por um comando palestino, uma força aérea israelense atacou o aeroporto de Entebbe, a 37 km de Campala, libertando todos reféns são libertados. O ataque deixou 31 mortos, entre eles 20 ugandenses, uma intervenção que foi encarada como uma humilhação pessoal. Rompeu (1976) relações diplomáticas com o Reino Unido e, dois anos depois.fracassou um atentado contra ele nos subúrbios de Campala. Exilado na Tanzânia o líder por ele derrubado Milton Obote convocou um levante (1979) e, no dia 11 de abril, o ditador foi derrubado pela Frente Nacional de Libertação de Uganda (FNLU), pelas forças do presidente da Tanzânia, Julius Nyerere, e de exilados ugandenses, e um novo regime, dirigido por Yusuf Lule, chefe do FNLU, também seria destituído no dia 20 de junho por Godfrey Binaisa. Abandonou então o país e fugiu para a Líbia, mas teve de buscar um novo refúgio quando o ditador líbio Muammar Gaddafi o expulsou do país. Recebeu asilo da Arábia Saudita em nome da caridade islâmica, onde passou a viver até o fim de sua vida, aconhado por suas quatro esposas e seus mais de 50 filhos. Quando seu estado de saúde agravou-se, em julho, uma de suas quatro mulheres pediu que pudesse voltar a Uganda para morrer, mas o atual governo negou o pedido, sob o argumento que se retornasse ao país seria julgado por seus atrocidades. Gravemente doente foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo e morreu no Hospital Especialista Rei Faisal, em Jeddah, Arábia Saudita, de complicações devido à falência múltipla de órgãos. Foi enterrado na cidade saudita de Jeddah, onde ele vivia na maior parte do tempo desde que foi deposto (1979) em um pequeno funeral na Arábia Saudita, horas depois de sua morte no sábado, 16 de agosto. Os ugandenses reagiram com uma mistura de alívio com a morte de um tirano e nostalgia por um líder que muitos aplaudiram por expulsar asiáticos que dominavam a vida econômica.
Fotos: Google image