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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Roupa intima durante o passar da história.

Para mulheres:
A história da lingerie começa por volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, as mulheres usavam um corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus. Essa "moda" era inspirada na Deusa com Serpentes, ideal feminino da época.

Os primeiros registros que mostram modelos de "calcinhas" datam do ano 40 aC, em Roma. Pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados ao corpo como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios. Os antecessores do sutien eram chamados de ...Os primeiros registros que mostram modelos de "calcinhas" datam do ano 40 aC, em Roma. Pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados ao corpo como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios. Os antecessores do sutien eram chamados de strophium ou mamilare, tendo sido esquecidos por séculos e até condenados pela inquisição medieval.

As modelos do Europen
Fashion Week de 1211
Na Idade Média, a roupa íntima era usada na Europa pelas mulheres para poupar roupas caras e pesadas, difíceis de lavar, principalmente num período em que tomar banho estava longe de ser um hábito (vide matéria do Bruto em 15/11/10). Surgiram os ancestrais do corselete. Um deles era a cota, uma túnica com cordões. O outro era conhecido como bliaud, uma espécie de corpete amarrado atrás ou nas laterais, que apertava o busto como uma couraça e era costurado à uma saia plissada. O sorquerie era uma cota muito justa também conhecida como guarda-corpo ou corpete. E havia ainda o surcot, um colete enfiado por cima do vestido e amarrado. Só no final da Idade Média, em torno do século XV, durante o ducado da Borgonha, é que as mulheres nobres passaram a usar um largo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, faziam com que eles parecessem mais volumosos

Para uma mulher usar isso, tinha
que sofrer... Eca!
Do século XV ao XVI, durante o Renascimento, a roupa íntima feminina ficou ainda mais rígida. É nesta época que surgiu o corps piqué, um corpete pespontado que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones. Esta peça era construída com uma haste, que muitas vezes era feita de madeira de buxo ou marfim. Havia, ainda, uma haste de metal central que, em alguns modelos, chegava a pesar até um quilo. Essas hastes eram trabalhadas com gravuras e inscrições, pois, de acorddo com os costumes da época, podiam ser retiradas e exibidas em sociedade depois de um lauto jantar. No entanto, estes corpetes começaram a causar polêmica entre médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas e até a morte.

Somente no século XVIII é que as mulheres começam a respirar, literalmente, um pouco mais aliviadas. É que as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia. Os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência. Também foi nesta época que os corseletes ganharam sofisticação. Eram bem trabalhados com bordados, laços e tecidos adamascados. E, a partir de 1770, junto com as idéias iluministas que culminaram com a Revolução francesa, houve uma espécie de cruzada anti-espartilho. Médicos, escritores, filósofos militavam contra os corseletes.

No século XIX, as crinolinas (anáguas confeccionadas com tecidos rígidos, feitos de crina, para armar as saias), praticamente desapareceram. Mas o corselete permaneceu na moda. Em 1832, o suíço Jean Werly abriu a primeira fábrica de espartilhos sem costuras. E, em 1840, foi lançado um modelo com um sistema de de cordões elásticos. Isso permitia que a mulher pudesse, ela mesma, vestir e tirar a peça sozinha. Além do corselete, as roupas íntimas eram compostas por calças que chegavam até os joelhos, cheias de babadinhos.

A partir de 1900, o espartilho começou a se tornar mais flexível. Os balés russos de Serge de Diaghliev faziam muito sucesso em Paris. E seus trajes neo-orientais inspiraram costureiros como Paul-Poiret e Madeleine Vionnet que inventaram roupas que formavam uma silhueta mais natural. Nesse periodo, foi criado na França o precursor do sutien, numa tentativa de oferecer às mulheres mais conforto do que o repressor espartilho. Em 1904, a palavra soutien-gorge (sutiã) entrou no dicionário francês. A butique de Heminie Cadolle elaborou um modelo em tecido à base de algodão e seda, semelhante aos modelos atuais. As calcinhas, por sua vez, também sofriam alterações. Modelos justos, até os joelhos, eram confeccionados em novos tecidos no período de 1900 a 1914. Foi exatamente neste último ano que o sutien foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos pela socialite nova-iorquina Mary Phelps Jacob. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Diante da novidade prática e mais higiênica, as amigas de Mary intensificaram cada vez mais seus pedidos. Foi então que ela resolveu vender a patente a uma fábrica de roupas femininas, a Warner Brothers Corset Company, por 15 mil dólares da época. Era o início da industrialização do lingerie. Os primeiros modelos eram pouco inovadores e, em vez de realçar os seios, os achatavam. Havia poucas opções de tamanho e o ajuste era feito por presilhas nas alças. Isso fez com ela precisasse de uma nova lingerie que lhe permitisse movimentação. Por isso, o espartilho foi substituído pela cinta.


Nos anos 20, as roupas íntimas eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos mais flexíveis. E a lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. Em 1930, a Dunlop Company inventou um fio elástico muito fino, o látex. A roupa de baixo passou a ser fabricada em modelagens que respeitavam ainda mais a diversidade dos corpos femininos. E ,a partir de 1938, a Du Pont de Nemours anunciou a descoberta do náilon. E as lingeries coloridas, finalmente, tornam-se bem populares. Mas em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o náiloon saiu do setor de lingerie e foi para as fábricas de pára-quedas. Com o final da Segunda Guerra Mundial, o New Look do costureiro Dior, lançado em 1947, propunha a volta da elegância e dos volumes perdidos durante o período da guerra. Para acompanhar a nova silhueta proposta pelo costureiro, a lingerie precisava deixar o busto bem delineado e a cintura marcadíssima. Surgiram os sutiãs que deixavam os seios empinados e as cintas que escondiam a barriga e modelavam a cinturinha.

No final dos anos 50 e início dos 60, os fabricantes começaram a se interessar pelas consumidoras mais jovens. A Lycra foi lançada com sucesso, pois permitia os movimentos. A lingerie passou a ter diversos tipos de modelagens, embora, na maioria, ainda mantivesse os sutiãs estruturados. No final dos anos 70 e início dos 80, a inspiração romântica tomou conta da moda. Cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga modelagem claustofóbica, voltaram à moda. Rendas, laços e tecidos delicados enfeitavam calcinhas e sutiãs.
Dos anos 90 até os dias de hoje, a ligerie, assim como a moda, não segue apenas um único estilo. Modelagens retrô, como os caleçons, convivem com as calcinhas estilo cueca. Os sutiãs desestruturados dividem as mesmas prateleiras com os modelos de bojo. Tecidos naturais, como o algodão, são vendidos nas mesmas lojas de departamento que os modelos com tecidos tecnológicos.



Já para os homens...
O exemplo mais antigo da roupa íntima masculina data das era dos homens das cavernas. São descritas por estudiosos com um longo pedaço de linho moldado como um triângulo com tiras nas pontas. Eram amarrados ao redor dos quadris e laçados por entre as pernas; depois, com as tiras, eram amarrados novamente nos quadris. No século XII , com o desenvolvimento das armaduras de platina, as faixas de linho que eram usadas como proteção contra o metal áspero começaram a ser usadas pelos cavaleiros. Desde então, estes tecidos são considerados os reais antecedentes da roupa íntima masculina.

Mais tarde, as cuecas, freqüentemente amarradas abaixo dos joelhos com fitas ou alfinetes, encurtaram e foram costuradas. As roupas masculinas do século XVI eram tão brilhantes e coloridas quanto as femininas. Eram feitas de seda, tafetá e outros tecidos nobres, enquanto as roupas íntimas eram feitas de linho, pois era o único tecido lavável.
_E ai, como estou?
_Uma gracinha!
Na década de 1830, as roupas íntimas masculinas feitas de flanela e algodão se tornaram comuns e muito usadas. Em 1895, o catálogo das lojas Montegomery Ward ofereciam roupas íntimas masculinas feitas de algodão e flanela, mas divididas em duas peças, nas cores cinza e o bem popular vermelho. Após a Revolução Francesa , a aristocracia inglesa tornou-se o modelo da moda masculina. O que usavam eram roupas confortáveis e casuais. Com exceção de ocasiões formais, os calções deram lugar às calças mais justas, acompanhadas de botas. Através dos séculos, alguns homens, principalmente os militares, usavam roupas íntimas parecidas com os corpetes que diziam facilitar a vida em tempos de guerra. Em 1908 as lojas Sears lançaram catálogos oferecendo corseletes masculinos para militares. Os "shortes íntimos" foram as novidades que chegaram com o século XX. As cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos e elásticos e se tornaram mais confortáveis. Não podemos deixar de mencionar o grande estilista dos tempos modernos, Calvin Klein, cujas propagandas provocantes levaram a moda íntima masculina ao auge no início dos anos 80. Ao contrário da roupa íntima feminina, que tem um aspecto mais sexy, o princípio da roupa íntima masculina é o conforto e a simplicidade, motivo pelo qual os shorts chamados "samba-canção" se tornaram muito comuns nos anos 80. Nos anos 90 a lingerie dos machos evoluiu e não está pautada só no slip (modelo tradicional), aceitou o calção de malha e todas as formas de produtos derivadas do esporte, como os modelos ciclista, boxer e shortes. As novidades são as fibras e microfibras que compõem uma lingerie de corte bem estudado e com costuras invisíveis para não machucar. Para o dia-a-dia, as lingeries são 100% de algodão

Trajes exóticos: O cinto de castidade e o codpiece
A namorada do Vinking
(que ficou em casa)
usou durante
as suas férias. Coitada!
A utilização do cinto de castidade remonta ao ano de 1400, quando aparece em Itália sob Francesco II de Carrara. Foi principalmente usado em Itália, mas depressa se espalha por toda a Europa, Portugal incluído. Sempre existiram interpretações diferentes sobre o seu possível uso. Alguns historiadores declaram mesmo que o cinto de castidade não era um instrumento que tinha por objectivo inflingir sofrimento, antes pelo contrário, seria um artifício destinado a prevenir as mulheres, por exemplo quando seu marido estava ausente durante muito tempo, (situação muito frequente na época dos Descobrimentos) do possível risco de violação. Como alguns cintos de castidade eram feitos de materiais preciosos (prata por exemplo), alguns historiadores afirmam que eles seriam dados a mulheres como para um presente dos seus maridos ou amantes para encorajá-las a serem fíeis.

Esse o vinking usou na praia.
Irrrkkk!!!
 O "Codpiece ou Tapa-sexo é uma aleta ou bolsa que atribui à frente da virilha das calças de homens para dar uma cobertura para os genitais . Foi mantida fechada por laços, botões ou outros métodos. Foi um importante item de vestuário europeu nos séculos 15 e 16, e ainda é usado hoje em traje de desempenho e na subcultura do couro. Na primeira, o tapa-sexo era inteiramente uma questão prática de modéstia. Os "Men's hose" (revestimentos perna) eram tipicamente muito confortável nas pernas e aberta na virilha, com a genitália simplesmente soltos sob o gibão. Com a mudança da moda levou a estilos mais curtos, o tapa-sexo foi criado para cobrir as pernas. Há outras teorias para a origem do tapa-sexo existe. Como o tempo passou, codpieces foram moldados para enfatizar a genitália masculina e, eventualmente, tornou-se tempo passou, codpieces foram moldados para enfatizar a genitália masculina e, eventualmente, tornou-se frequentemente acolchoado e curiosamente moldada. Elas muitas vezes também dobrou como bolsos, acessível lugares levando para uma variedade de itens como moedas. Na segunda metade do reinado da rainha Elizabeth I, as roupas dos homens tornou-se mais "delicada" (ui!), o tapa-sexo tornou-se menor e acabou retornando ao um retalho de pano simples.


Esses estão no catalogo da Zorba
Dinarmaquesa. o vinking comprou
todas! Duplo Irrrkkk!!!