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domingo, 25 de setembro de 2011

A Revolução Farropilha (1835-1845) A quase independência do Sul do Brasil

Rio Grande do Sul é conhecida por suas atividades separtistas. Em 1835, levou à Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, na República Riograndense.
A Guerra dos Farrapos [1835-1845] é um dos movimentos mais longos e significativos do Brasil e foi travado no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Revolução Farroupilha foi uma rebelião contra o Império brasileiro, que tinha sido responsável pela pilhagem econômica da região. Tornou-se uma perseguição de separatismo e levou à proclamação da República Riograndense em 1836.
Foi no solo do Rio Grande do Sul, onde várias batalhas entre portugueses e espanhois foram travadas. Ao longo dos séculos seu território vizinho o atual Uruguai havia mudado de mãos entre as duas partes e, finalmente, em 1828 tornou-se um país independente. Muitos gaúchos tinham lutado nesses conflitos e esperavam por incentivos do Império brasileiro para ajudar no desenvolvimento do estado de Rio Grande do Sul – mas eles foram atendidos. O Rio Grande do Sul consistia [e é composto] de extenso pampa que era utilizado como pastagem para o gado. O estado se desenvolvia bem ecomicamente, mas tinham que competir com o Uruguai e Argentina. Embora estes países estrangeiros recebecem incentivos para importar carne seca, o Império cobrava altos impostos sobre os mesmos produtos do Rio Grande do Sul. Isto levou a agitação e quando o sal – necessário para carne seca – foi tributado, o povo se revoltou o que deu início a Revolução Farroupilha.

Bento Gonçalves
O levante republicano foi liderado pelo Bento Gonçalves general da Silva e Antônio de Sousa Neto; seus seguidores eram pessoas da classe baixa, índios, escravos, bem como escravos fugitivos. Os rebeldes se tornaram conhecidos como Farrapos – daí o nome Guerra dos Farrapos. Em 20 de setembro de 1835 General Bento Gonçalves capturado emPorto Alegre, o que forçou o presidente Fernandes Braga a fugir da cidade. Isso levou a uma sucessão de batalhas onde morreram entre 3.500 e 5.000 pessoas. O Uruguai ofereceu assistência, que viu no estado independente do Rio Grande do Sul como uma proteção contra uma nova invasão do Brasil. Os rebeldes nunca aceitaram ajuda das tropas uruguaias, mas aceitaram o armamento oferecido. Em 11 de setembro, 1836 Antônio de Sousa Neto proclamou a República Riograndense, mais tarde, também conhecida como República Piratini – Piratini serviu como uma das capitais da República nova. Outras capitais da República Riograndense foram Alegrete, Caçapava do Sul, Bagé e São Borja. A República Riograndense durou nove anos. A Constituição foi escrita em 1843, mas a jovem república ficou sem chance de manter sua independência – as forças do Império brasileiro eram muito fortes. Em 1845 as duas partes assinaram o Tratado Ponche Verde em Dom Pedrito.
Com a expansão do movimento republicano, surgiram novas lideranças revolucionárias na região de Santa Catarina. Sob a liderança de Guiseppe Garibaldi e David Canabarro, foi fundada a República Juliana que deveria confederar-se à República Rio-Grandense. Dessa vez, melhor preparadas, as tropas imperiais conseguiram fazer frente aos revoltosos que, devido à participação popular, ficaram conhecidos como farrapos. Sob a liderança do barão de Caxias, as forças imperiais tentavam instituir a repressão ao movimento.
 Mesmo não conseguindo aniquilar definitivamente a revolta, o governo imperial valeu-se da crise econômica instaurada na região para buscar uma trégua. Cedendo às exigências dos revolucionários, o governo finalmente estabeleceu o aumento das taxas alfandegárias sobre o charque estrangeiro. A partir daí, Duque de Caxias iniciou os diálogos que deram fim ao movimento separatista.
 Em 1844, depois da derrota farroupilha na batalha de Porongos, um grupo de líderes separatistas foi enviado à capital federal para dar início às negociações de paz. Após várias reuniões, estabeleceram os termos do Convênio do Ponche Verde, em março de 1845. Com a assinatura do acordo foi concedida anistia geral aos revoltosos, o saneamento das dívidas dos governos revolucionários e a libertação dos escravos que participaram da revolução
O Rio Grande do Sul perdeu a sua independência, mas conseguiu um imposto de importação de 25% em carne seca que vinha do Uruguai e Argentina.  Ao longo do tempo os sulistas, continuaram com suas idéias separatistas, mas até hoje o Rio Grande do Sul segue como um estado brasileiro.

Fontes:
http://www.reidaverdade.com/revolucao-farroupilha-causas-objetivos-resumo.html
http://www.brasilescola.com/historiab/revolucao-farroupilha.htm Texto de Rainer Sousa - Graduado em História