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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Marco Polo: O navegante audaz ou um viajante na batatinha...


As histórias sobre as "Aventuras de Marco Polo" é rodeada de mitos e algumas verdades. Nos mitos dizem que o viajante trouxe para a Europa Medieval muitas tecnologia do Oriente como: a pólvora, o compasso marítimo, o papel, a maquina de impressão e até (sic!) a massa para macarrão... Bem, o fato que ele abriu caminho para que outros viajantes fizessem idas e vindas no Oriente como Pérsia, China, Índia, Mongólia e Japão, e que provavelmente esses exploradores trouxessem tais artefatos (Depois do Sr. Polo). As verdades também misturam em teorias de historiadores que leram documentos (provavelmente fajutos ou não...), sobre que a família do Sr. Polo na Europa pensaram que ele estivesse morto, ou aprisionado por algum reino no qual ele visitava. Entretanto, há evidência que os documentos de Marco Polo foram uteis em alguns anos mais tarde por outro navegante genovês que logo faria uma longa viagem, mas desta vez para o Ocidente... Seu sobrenome? Colombo é lógico!

Sr. Marco Polo, eu suponho?
Reprodução
 indefinida...
Emilio ou Emilione, dito Marco Polo, foi um mercador, embaixador e explorador. Nasceu na República de Veneza durante a "Baixa Idade Média". A data e o local de nascimento exatos de Marco Polo são desconhecidos, e as teorias atuais são na sua maioria conjecturais. No entanto, a data específica mais citada é em algum lugar em torno de 1254. 
Juntamente com o seu pai, Nicolau Polo (Niccolò), e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda, tendo estendido seus negócios a Constantinopla e à Criméia. Partiram no início de 1272 do porto de Laiassus (Layes) na Armênia. O relato detalhado das suas viagens pelo oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no Ocidente.
Em 1261, numa viagem ao mar Negro, chegaram até a Pérsia, onde permaneceram por um ano. Atingiram Bukhara e Samarcanda, na chamada Rota da Seda, de onde prosseguiram rumo ao leste até atingir o império de Kubilay Khan, também chamado de Grande Khan.
O Grande Khan recebeu-os cordialmente, desejoso de conhecer e estabelecer relação com o mundo ocidental. Os dois irmãos permaneceram alguns anos em sua corte e, ao voltar, levaram mensagem do Grande Khan ao papa, pedindo informações sobre o mundo cristão e o envio de missionários para difusão da fé no Oriente.


De volta à corte do Grande Khan
Em 1271, os dois irmãos, acompanhados do filho e sobrinho, Marco Polo, partiram em nova viagem que, por quase cinco anos, os levaria ao império por eles chamado Cathay (China).
Ficheiro:NoccoloAndMaffeoPoloWithGregoryX.JPG
Niccolò e Matteo Polo entregando uma carta de
 Kublai Khan para o papa Gregório X em 1271.
Durante a viagem, o jovem Marco Polo ia fazendo anotações. A caravana, após atravessar de norte a sul quase toda a Pérsia, rumou para leste ao atingir Kerman, alcançando o planalto de Pamir, nome que Marco Polo foi o primeiro ocidental a registrar.
Do chamado "teto do mundo" os viajantes desceram por Kashgar, Yarkan e Khotan, regiões que haveriam de permanecer fechadas ao Ocidente até o século 19. Em seguida, a caravana atravessou os desertos de Lop Nor e Gobi, penetrando na China por Suchow e Ch'ang-an.
Durante 17 anos os três Polo viveram na corte do Grande Khan, que lhes dava tarefas administrativas e a eles se afeiçoara, mostrando-se pouco inclinado a deixá-los partir.
A oportunidade surgiu quando o Argun Khan, da Pérsia, enviou mensageiros com o pedido de uma esposa que fosse membro da família do Grande Khan. Este concordou, mas a viagem não poderia ser feita por terra, devido às guerras que assolavam a região.
Os conhecimentos de navegação dos venezianos, então, os conduziram à chefia da frota de 14 navios que, em 1292, partiu de Zaitun, no sudeste chinês, levando a princesa destinada ao soberano persa.
Pelo mar da China, bordejando Sumatra, passando pelo Ceilão e ao longo de toda a costa ocidental da Índia, os navios chegaram ao porto de Hormuz, no golfo Pérsico, em 1294.


Livro foi usado por Colombo
Ficheiro:Путешествия Марко Поло (1271-1295).jpg
O mapa com o provável  roteiro de viagem do Sr. Polo
(E foi parar logo na China???)
De volta a Veneza, Marco Polo casou-se e entrou para a marinha, como suboficial. Preso na guerra contra a república de Gênova, é levado a essa cidade-estado. A um companheiro de prisão, chamado Rustichello, relatou sua viagem ao Extremo Oriente. Rustichello, autor de romances de cavalaria, anota o que lhe conta Marco Polo, publicando depois, em francês italianizado, O livro de Marco Polo.
No entanto, os feitos e revelações do livro encontram resistência da parte dos contemporâneos, que tacham Marco Polo de mentiroso.
No livro é descrita a região atravessada por Marco Polo na Pérsia, Mongólia e China, com informações sobre o Japão e a Índia.
As valiosas revelações geográficas ficariam, contudo, esquecidas durante muitos anos, e só em 1375 o Atlas catalão utilizaria esses dados, mas de forma bastante livre. No século 15, porém, as informações fornecidas por Marco Polo são amplamente utilizadas por navegantes, especialmente por meio da versão latina do livro, publicada em Bolonha entre 1307 e 1314.
Colombo, ao partir em sua viagem, tinha como meta a Cathay de Marco Polo, como pode ser comprovado por um exemplar da edição latina, profusamente anotado pelo navegador genovês.
As suas crônicas e histórias povoaram imensamente o imaginários de vários povos e chamavam a atenção pela incrível riqueza de detalhes e emoção produzida em suas narrativas.
Ainda existem dúvidas quanto a se Marco Polo fez tudo o que alegou ou se simplesmente narrou histórias que ouviu de outros viajantes. Mas, quaisquer que tenham sido as fontes de A Descrição do Mundo, de Marco Polo, os eruditos reconhecem sua importância. "Nunca antes ou desde então..." , diz um historiador, "...um homem forneceu tão imensa quantidade de novos conhecimentos geográficos ao Ocidente."
O livro de Marco Polo, Il Milione ou As Viagens, é um testemunho da fascinação do homem por viagens, novas paisagens e terras distantes.


Morte
Em 1323, Marco Polo estava acamado devido a doença. Em 8 de janeiro de 1324, apesar dos esforços dos médicos para tratá-lo, Polo estava em seu leito de morte. Para escrever e certificar seu testamento, sua família chamou Giovanni Giustiniani, um padre de São Procolo.
Ficheiro:MarcoPoloStatueInHangzhou.JPG
Estátua de Marco Polo
em Hangzhou, China.
Sua mulher, Donata, e suas três filhas foram nomeadas por ele como co-executoras de seu testamento. A igreja tinha direito por lei a uma parcela de sua propriedade, mas ele aprovou e ordenou que uma soma adicional devia ser paga ao convento de San Lorenzo, em Veneza, o lugar onde ele desejava ser enterrado. Ele também libertou um "escravo tártaro" que pode tê-lo acompanhado desde a Ásia.
Dividiu o resto do seu património, incluindo várias propriedades, entre indivíduos, instituições religiosas, e cada guilda e fraternidade a que pertencia. Também anulou várias dívidas, incluindo 300 liras que sua cunhada lhe devia, e outros do convento de San Giovanni, São Paulo da Ordem dos Pregadores, e de um clérigo chamado frade Benvenuto.
Ele ordenou que 220 soldos fossem pagos a Giovanni Giustiniani por seu trabalho como notário e por suas orações. O testamento, que não foi assinado por Marco Polo, mas foi validado pela então relevante regra "signum manus", pela qual o testador só tinha que tocar o documento para fazer cumprir a regra de direito, foi datado de 9 de janeiro de 1324. Devido à lei veneziana afirmando que o dia termina no pôr do sol, a data exata da morte de Marco Polo não pode ser determinada, mas foi entre o pôr do sol de 8 e o de 9 de janeiro de 1324.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/marco-polo.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Polo
Imagens: http://pt.wikipedia.org/wiki/Marco_Polo