“O poder, um objetivo ambicionado por toda a história da humanidade, quem possuí o poder, controla, ou manipula a massa, ou a repreendia através de atos que nem sempre racionais”. Essa é uma visão simples e comum, mas objetiva sobre as transformações ocorridas no século XX, o poder alterava sobre várias faces, Países e centros de civilizações moldavam através de pensamentos e conceitos sociais, Capitalismo x Socialismo, Imperialismo x Republica, Democracia x Nacionalismo, Sistema Agrário x Revolução Industrial, Burguesia x Proletariado, Igreja x Revolução das Espécies... Diversas teorias e ideais disputavam na economia, o governo e a sociedade. Marx, Engels, Darwin, Freud, Kierkegaard, Chung, Nietzsche, etc... Pensadores que expressaram suas ideologias e conceitos que ocasionalmente influenciaram no fundamento humano contemporâneo, e em certas ocasiões, para os ideais de controle do poder.
Friedrich Nietzsche (1844 a 1900) foi um importante filosofo alemão, através de suas obras construía uma visão questionadora ao costumes e lançando nova perspectiva a humanidade. O livro “Assim Falou Zaratustra” escrito em 1885, foi à obra mais contestadora de Nietzsche, sob uma ótica do lendário sábio persa, Zaratustra cita em poesias filosóficas o retorno do Super-homem, que destronaria a ética religiosa e o ascetismo servil. Em questão, a obra dava uma visão independente da crença obsessiva do homem a religião. Mas, sobre outra lógica distorcida, criava a imagem do homem superior, acima de todas as regras e morais, a lógica foi inserida nas mentalidades mais radicais e extremistas como forma ideal de pratica para o poder das massas. Nesta ética foi levantada para a construção dos regimes governamentais autoritários que ascendiam na Europa Pós Primeira Guerra (1914/1918). O Fascismo, o Comunismo, e principalmente...O Nazismo, que teve como Adolf Hitler (1889/1945), personagem fundamental dessa ordem, de caráter forte e carismático ao seu seguidores na Alemanha, porem déspota, impiedoso e cruel aos seus adversários, Hitler levava o seu poder de forma que suprimia todos os pensamentos livres, e tinha elevado o ódio a patamares raciais e de crenças, o anti semitismo (um preconceito criado por séculos contra as pessoas da religião Judaica) foi implantado no seu governo como questão de supremacia da “Raça Ariana”, uma lógica da criação do homem superior. Sobre esse contexto extremo, foi inseridas as idéias de Nietzsche no Nazismo deliberadamente. Contudo sobre o próprio Nietzsche, que viveu no século anterior, o anti semitismo era um sentimento repugnante e desprezível, em sua era. O ódio aos judeus estava iniciando nas castas da sociedade alemã, o compositor Richard Wagner, e principalmente a irmã de Nietzsche: Elisabeth Vörster-Nietzsche (1846/1935) assumiram o anti semitismo, sob o olhar reprovativo do próprio filosofo.
Apesar da diferença de épocas, pois o Nazismo tomou o poder na Alemanha poucas décadas depois da morte de Nietzsche. Hitler tinha admiração pelas obras escritas do filosofo e utilizava as idéias no seu programa comando de extrema direita, com o principal apoio de Elisabeth Vörster-Nietzsche que ainda vivia na ascensão nazista. Foi por essa causa, que é questionado o envolvimento de Nietzsche na construção do movimento nazista, muitos historiadores, principalmente os extremamente judeus e cristãos, consideram responsável pelo surgimento do regime. Já outros, descartam essa hipótese, pois o próprio Nietzsche comprovava, em documentos, sua antipatia a qualquer sistema autoritário, e também ele tinha várias doenças crônicas e sofria de crises de depressão, algo que nos ideais nazistas era considerado o “ser humano imperfeito”, e provavelmente vivesse na mesma época, seria levado para os campos de extermínio, junto com judeus, comunistas, ciganos e deficientes físicos e mentais, fato muito conhecido durante o auge do governo de Hitler, assim como responsável pelo o inicio da Segunda Guerra Mundial (1938/1945).
Em seguida uma carta*, em rascunho, no qual Nietzsche explica seu sentimento contrário ao anti-semitismo à sua irmã:
Nesse meio tempo eu vi a prova, preto no branco, que o Sr. Dr. Vörster (seu cunhado) ainda não cortou a sua ligação com o movimento anti-semita. Desde então, tenho tido dificuldade em encontrar alguma da ternura e proteção tanto tempo que eu sentia por você. A separação entre nós é, assim, decidido em realmente mais absurda a maneira. Você compreendeu nada da razão pela qual estou no mundo? Agora, ele tem ido tão longe que eu tenho que me defender de pés e mãos contra as pessoas que me confundem com esses canalha anti-semita, depois minha irmã, minha irmã primeiro, e depois Widemann mais recentemente ter dado o impulso para o mais terrível de todas as confusões. Depois que li o nome de Zaratustra na correspondência anti-semita minha paciência chegou ao fim. Estou agora em uma posição de defesa de emergência contra a cônjuge seu partido. Estes anti-semita deformidades maldito não deve manchar meu ideal!
*NIETZSCHE FRIEDRICH- Rascunho de carta a Elisabeth Förster-Nietzsche, Nice, final de Dezembro de 1887
(Detalhe: Apesar que alguns historiadores criticam a auteticidade dessa carta, foi constatado por pesquizadores que as letras foram escritas a punho do próprio filosofo)
Texto escrito por: Dave Mambera em Junho de 2010
Fontes Bibliografias:
NIETZSCHE, Friedrich- Assim Falou Zaratustra, Ed. Martin Claret, São Paulo, 2008.
NIETZSCHE, Friedrich- Crepúsculo dos Ídolos: Ou como filosofa com o martelo, Ed. Companhia das Letras, Rio de Janeiro.
YALOM, IRVIN D.- Quando Nietzsche Chorou, Ed. Ediouro, Rio de Janeiro, 2002
BOBBIO; MATTEUCCI & PASQUINO- Dicionário de Política de (1998, p.1061),
Fontes Informativas: http://www.cav-templarios.hpg.ig.com.br/
http://www.duplipensar.net/
http://www.consciencia.org/