Sua vida:
Nascido provavelmente na região de Rages, Pérsia Antiga. Zaratustra precocemente já tinha um conhecimento primoroso, o tal qual vinha sendo rivalizado pelos sábios da época. Desta forma aos vinte anos ele refugiou nas cavernas do deserto e ficou como peregrino por sete anos. Ao voltar para as tribos regionais começou a pregar suas crenças, mas não obtinha apoio tanto religioso quanto da nobreza, voltava a ter sua vida ameaçada. Entretanto um soberano o Rei Vishtaspa foi influenciado por seus ensinamentos, daí ele conseguiu o destaque entre o reinado e sua religião se tornou oficial na vida dos persas sobrepujando a crença politeísta que havia antes. Zaratustra desenvolveu a "Zend-Avesta", que significa "Comentário sobre o conhecimento", textos sagrados que ensinavam os paradigmas da religião Masdeísta. Ditava esses textos que os homens devem dedicar a fazer boas obras para manter a pureza do corpo e da alma e a se afastar da fonte do mal e logo após a morte a alma passa por um julgamento que a levará ao paraíso ou ao sofrimento eterno, ou a um período intermediário de existência, dependendo do balanço entre as ações boas e más que tenha praticado em vida. Segundo alguns relatos, Zaratustra aos 77 anos de idade teria sido assassinado enquanto rezava no templo, diante do fogo sagrado, o seu túmulo estaria em Persépolis, a capital do império.
A Religião:
O Masdeísmo ou Zoroastrismo é considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético e de acordo com os historiadores da religião algumas das suas concepções religiosas viriam a influenciar monoteístas como a Judaica, a Cristã e a Islâmica.
Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião: a existência de uma força do bem (Ahura Mazda) e uma força do mal (Ahriman) e a volta do Paraíso à Terra. Ahura Mazda é a deidade suprema, criador de todas as coisas boas do universo e da raça humana. É representado também como o divino Lavrador, o que mostra o enraizamento do culto na civilização agrícola, na qual o cultivo da terra era um dever sagrado, com poderes para sustentar e prover todos os seres, na luz e na glória. Enquanto Ahriman representado como uma serpente. Criador de tudo que há de ruim (crime, mentira, dor, secas, trevas, doenças, pecados, entre outros), ele é o espírito hostil, destruidor, que vive no deserto entre sombras eternas. é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas.Pelo Zoroastrismo, o Bem e Mal não são apenas valores morais reguladores da vida cotidiana dos humanos, mas são transfigurados em princípios cósmicos, em perpétua discórdia. A luta entre Bem e Mal origina todas as alternativas da vida do universo e da humanidade. A vitória definitiva de Ahura Mazda sobre Arimã só poderia ocorrer se Zaratustra conseguisse formar uma legião de seguidores e servidores, forte o bastante para vencer o Espírito Hostil, e expurgar o Mal do universo. Nesse sentido, Bem e Mal são princípios criadores e estruturadores do universo, que podem ser observados na natureza e encontram-se presentes na alma humana. A vida humana é uma luta incessante para atingir a bondade e a pureza, para vencer Arimã e toda a sua legião de demônios cuja vontade é destruir o mundo criado por Ahura Mazda.
Os livros sagrados do Zoroastrismo são:
- O Avesta, o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei;
- O Gathas, que são hinos atribuídos a Zoroastro;
- O Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista.
Parte da história sobre Zaratustra serviu de base nas formações religiosas monoteítas, e não é por menos. As lendas sobre a vida e obra do profeta persa se assemelham muito com as histórias de Jesus Cristo e de Maomé, assim como os conceitos filosóficos e os valores religiosos judaicos e das outras crenças destacadas. Zaratustra também profetizava a vinda de um messias, “No fim de nove mil anos, ocorreria a segunda vinda do profeta como um sinal e uma promessa de redenção final dos bons. Isso seria seguido do nascimento miraculoso do Saoshyant, equivalente ao Messias hebreu, cuja missão seria aperfeiçoar os bons para o fim do mundo, da história humana, enfim, para a vitória do Bem sobre as forças do Mal. A cada mil anos viria um profeta/messias”. Essas afirmações deixavam bem claro que o Masdeísmo ou Zoroastrismo era uma religião que deu princípios para as criações religiosas da nossa atualidade. Mais tarde, substituído pelo islamismo, o zoroastrismo reduziu-se a grupos de guebros no Irã e de parses na Índia religiões.
Texto adaptado por Dave Mambera
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Ilustrações: Google imagens
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