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sexta-feira, 4 de março de 2011

Vamos festejar! É a história do carnaval!

A exata origem do Carnaval é desconhecida. E existem dúvidas sobre a data de sua chegada ao Brasil.
Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga.). Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polêmica.
Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da primavera. De fato, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.

Outros autores acreditam que o carnaval tenha se iniciado nas alegres festas do Egito. É bem verdade que os egípcios festejavam o culto a Ísis há 2000 anos A.C.
Em Roma, realizavam-se danças em homenagem a Deus Pã (as chamadas Lupercais) e a Baco (ou Dionísio para os gregos). Rituais Dionisíacos ou Bacanais.
Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica começou a combater essas manifestações pagãs, sacralizando algumas, como o Natal e o Dia de Todos os Santos. Entre todas, o Carnaval foi uma das poucas a manter suas origens profanas, mas se restringiu aos dias que antecedem o início da Quaresma e ganhou colorido local. Na França medieval, era celebrado com grandes bebedeiras coletivas. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Ápia, rua próxima ao seu palácio. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos.
Entretanto, se o Catolicismo não adotou o carnaval, suportou-o com certa tolerância, já que a fixação do período momesco gira em torno de datas predeterminadas pela própria igreja. Tudo indica que foi nesse período que se deu a anexação ao calendário religioso, pois o carnaval antecede a Quaresma. É uma festa de características pagãs que termina em penitência, na dor de quarta-feira de Cinzas.
O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850.
Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.
Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades européias, como Nice, Veneza e Munique.
Em outros países da Europa, as comemorações eram animadas por canções que ironizavam os governantes locais. Em cidades italianas como Nápoles, as pessoas acompanhavam grandes cortejos dançando e bebendo. Em Portugal – de onde veio para o Brasil – o Carnaval era sinônimo de Entrudo.

A origem do termo

Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também têm se constituído em objeto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico.
Para outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período vindouro (Dias Magros da Quaresma).

Principais figuras carnavalescas

Colombina - Como Pierrô e Arlequim, é um personagem da Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell'Arte, forma teatral original com tipos regionais e textos improvisados.
Colombina - Era uma criada de quarto esperta, sedutora e volúvel, amante do Arlequim, às vezes vestia-se como arlequineta, em trajes de cores variadas, como os de seu amante.
Arlequim - Rival de Pierrô pelo amor de Colombina, usava traje feito a partir de retalhos triangulares de várias cores. Representa o palhaço, o farsante, o cômico.
Pierrô - Personagem sentimental, tem como uma de suas principais características a ingenuidade.
Momo - Personagem que personifica o carnaval brasileiro. Sua figura foi inspirada no bufo, ator de proveniência portuguesa que representava pequenas comédias teatrais que tanto divertiam os nobres.

O Carnaval no Brasil
Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente européia. A comemoração carnavalesca data do início da colonização, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos mais tarde, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.
Foi, portanto, graças a Portugal que o entrudo desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, em 1641. O termo, derivado do latim "introitus" significava "entrada", "começo", nome com o qual a Igreja denominava o começo das solenidades da Quaresma. No entanto, as festividades do entrudo já existiam bem antes do Cristianismo, eram comemoradas na mesma época do ano e serviam para celebrar o início da primavera. Com o advento da Era Cristã e a supremacia da Igreja Católica, passou a fazer parte do calendário religioso, indo do Sábado Gordo à Quarta-feira de Cinzas.
Tanto em Portugal, como no Brasil, o Carnaval não se assemelhava de forma alguma aos festejos da Itália Renascentista; era uma brincadeira de rua muitas vezes violenta, onde se cometia todo tipo de abusos e atrocidades. Era comum os escravos molharem-se uns aos outros, usando ovos, farinha de trigo, polvilho, cal, goma , laranja podre, restos de comida, enquanto as famílias brancas divertiam-se em suas casas derramando baldes de água suja em passantes desavisados, "num clima de quebra consentida de extrema rigidez da família patriarcal".
Foi esse Carnaval mais ou menos selvagem que desembarcou no Brasil com as primeiras caravelas portuguesas e os primeiros foliões.
Com o passar do tempo e devido a insistentes protestos, o entrudo civilizou-se, adquiriu maior graça e leveza, substituindo as substâncias nitidamente grosseiras por outras menos comprometedoras, como os limões de cheiro (pequenas esferas de cera cheias de água perfumada) ou como os frascos de borracha ou bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha. Estas últimas foram as precursoras dos lança-perfumes introduzidos em 1885.
No tocante à música, tudo ainda era muito precário; o entrudo não possuía um ritmo ou melodia que o simbolizasse. Apenas a partir da primeira metade do século XIX, com a chegada dos bailes de máscaras nos moldes europeus, foi que se pôde notar um desenvolvimento musical mais sofisticado.

Máscaras e fantasias
Em 1834, o gosto pelas máscaras se acentuou no país. De procedência francesa, eram confeccionadas em cera muito fina ou em papelão, simulando caras de animais, caretas, entre outros. As fantasias apareceram logo após o surgimento das máscaras, dando mais vida, charme e colorido ao carnaval, tanto nos salões quanto nas ruas.

Os bailes
O primeiro baile de máscaras de que se tem notícia no Brasil foi realizado no Hotel Itália (largo do Rócio, RJ) em 1840, por iniciativa dos próprios proprietários italianos, empolgados pelo sucesso dos grandes bailes de máscaras da Europa. A repercussão foi tamanha que muitos outros seguiram-se a este, marcando, também através do carnaval, as diferenças sociais que atingiam a sociedade brasileira : de um lado, a festa de rua, ao ar livre e popular; do outro, o carnaval de salão que agradava sobretudo à classe média emergente no país.
Dos salões, os bailes transferiram-se aos teatros, animados principalmente pelo ritmo da polca - primeiro gênero a ser adotado como música carnavalesca no Brasil - e depois, envolvidos pelo som da quadrilha, da valsa, do tango, do "cake walk", do "charleston" e do maxixe. Até então, esses ritmos eram executados apenas em versão instrumental. Somente por volta de 1880 os bailes passaram a incluir a versão cantada, entoada pelos coros.
Em 1907 foi realizado o primeiro baile infantil, dando início às famosas matinês. As novidades não pararam por aí e as modalidades se multiplicavam, como as festas em casas de família, bailes ao ar livre, bailes infantis, e até mesmo bailes em circo. Em 1909, surge o primeiro concurso, premiando a mais bela mulher, a fantasia mais bonita e a melhor dança. Os prêmios eram jóias valiosas e somente os homens tinham direito a voto. Enfim, o carnaval crescia a cada ano, passando a fazer parte da realidade cultural do país, enquanto na Europa já se notava a sua decadência.
Por essa mesma época, a classe média preparava-se para invadir as ruas com outra novidade européia : os desfiles de carros alegóricos. O pioneiro da idéia foi o romancista José de Alencar, um dos fundadores de uma Sociedade denominada Sumidades Carnavalescas.

As sociedades
Até o aparecimento das primeiras escolas de samba, os cortejos carnavalescos das chamadas "sociedades" predominavam no carnaval carioca. O primeiro clube a desfilar, em 1855, chamava-se Congresso das Sumidades Carnavalescas, mencionado acima. As sociedades eram clubes ou agremiações que, com suas alegorias e sátiras ao governo, encontraram uma forma saudável de competição. Em 1856, outra sociedade tomou as ruas: a União Veneziana. Era a coqueluche do Império. Com o tempo, as ruas viam se multiplicar o número de sociedades, tais como a Euterpe Comercial e os Zuavos Carnavalescos. Muitas competições e dissidências aconteceram até surgirem 3 grandes Sociedades que se consolidaram no carnaval da época: Tenentes, Democráticos e Fenianos.

Zé Pereira
Em 1846, houve um acontecimento que revolucionou o carnaval carioca : o aparecimento do "Zé Pereira" (tocador de bumbo). Para alguns estudiosos, esse era o nome ou apelido dado ao cidadão português José Nogueira de Azevedo Paredes, supostamente o introdutor no Brasil do hábito português de animar a folia carnavalesca ao som de bumbos, zabumbas e tambores, anarquicamente tocados pelas ruas. A tradição se espalhou rapidamente e o sucesso do "Zé Pereira" foi tão grande que, 50 anos mais tarde, uma companhia teatral resolveu representá-lo numa paródia da peça "Les pompiers de Nanterre" intitulada "Zé Pereira Carnavalesco", na qual o comediante Francisco Correia Vasquez cantaria com melodia francesa a quadrinha que se tornaria famosa :

"E viva o Zé Pereira

Pois que ninguém faz mal

Viva a bebedeira

Nos dias de carnaval".

Extinto no começo deste século, o Zé Pereira deixou como sucessores a cuíca, o tamborim, o reco-reco, o pandeiro e a frigideira, instrumentos que acompanhavam os blocos de 'sujos' e que hoje animam as nossas escolas de samba.

Os cordões
Apesar de estrondoso sucesso dos bailes de salão, foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras. Com a constante repressão ao entrudo, o povo viu-se obrigado a disciplinar as brincadeiras de rua, passando a utilizar a organização das procissões religiosas para a comemoração do carnaval: apareciam então os blocos e cordões, grupos que originariam mais tarde as escolas de samba. Formados por negros, mulatos e brancos de origem humilde, os cordões animavam as ruas ao som dos instrumentos de percussão. Sofreram forte influência dos rituais festivos e religiosos trazidos da África, legando para as gerações seguintes o costume de se fantasiar no carnaval.
Os cordões possuíam música própria, desfilavam com estandarte e eram comandados pelo apito de um mestre. Daí a importância que tiveram para a formação das futuras escolas de samba.
O primeiro cordão surgiu em 1885 e denominava-se Flor de São Lourenço. Depois deste, outros ocuparam as ruas e assim sucessivamente, atingindo o auge de sua popularidade nos primeiros anos do século XX.

O rancho
Assim como o cordão, o rancho era uma agremiação carnavalesca modesta, composta por pessoas humildes. Fez a sua primeira aparição no carnaval carioca em 1873. Os ranchos já existiam na cidade antes dessa data por influência nitidamente religiosa. Desfilavam em comemoração aos festejos natalinos no dia 6 de janeiro (Dia de Reis). Fantasiados de pastores e pastoras que rumavam a Belém, o grupo percorria a cidade cantando e pedindo agasalhos em casas de família. Por possuir letra e música próprias, acabaram por criar um gênero musical cadenciado, com grande riqueza melódica: a marcha-rancho.
Com a evolução das escolas de samba, por volta de 1920, os ranchos entraram em declínio, deixando para a posteridade as figuras do mestre-sala, da porta-estandarte e das pastoras ricamente adornadas.

O corso
O corso, lançado em fins da década de 1900, era um desfile de caminhões ou carros sem capota, adornados, que conduziam famílias ou grupos de carnavalescos dispostos a brincar com os pedestres ou com os ocupantes de outros veículos. O confete, a serpentina e o lança-perfume eram muito utilizados pelos animados foliões. A Av. Central, hoje Rio Branco, inteiramente congestionada por esses automóveis, que circulavam em marcha reduzida, era um dos trechos principais do cortejo.
A moda surgiu no carnaval de 1907, quando as filhas do então presidente Afonso Pena, fizeram um passeio no automóvel presidencial, pela via carnavalesca, de ponta a ponta, estacionando depois defronte à porta de um edifício, de onde apreciaram a festa. Fascinados pela idéia, os foliões que tinham carro começaram a desfilar pela avenida, realizando calorosos duelos com outros veículos.
Há quem afirme que o corso desapareceu com a modernização dos automóveis, quando os veículos de capota alta foram substituídos pelos de linha mais simples. É bem provável que a popularização dos automóveis tenha de fato afastado os foliões das classes alta e média.
Na verdade, muitos foram os motivos para o desaparecimento do corso: a dificuldade do tráfego, que já em 1925 amedrontava os foliões, o alto custo da gasolina e a descentralização do carnaval fizeram com que a população fosse buscar outros tipos de manifestação para poder comemorar os festejos de Momo.

As "armas"
Lança-perfume - Bisnaga de vidro ou metal, que continha éter perfumado. De origem francesa, chegou no Brasil em 1903.
Serpentina - De origem francesa, chegou no Brasil em 1892.
Confete - Procedente da Espanha, surgiu no Brasil também em 1892.

A marchinha
A primeira música feita exclusivamente para o carnaval constituindo-se portanto num marco para a história cultural brasileira foi a marcha Ó abre alas, da maestrina Chiquinha Gonzaga, composta em 1899 e inspirada na cadência rítmica dos ranchos e cordões. Esta marcha animou o carnaval carioca por três anos consecutivos e é até hoje conhecida pelo grande público. A partir de então, as marchas, também conhecidas como marchinhas, caíram no gosto popular. De compasso binário, com acento no tempo forte (primeiro tempo), eram inicialmente mais lentas para que seus dançarinos marchassem em seu ritmo. Com o passar do tempo, tiveram seu andamento acelerado por influência das "Jazz Bands"; daí serem conhecidas também como marchinhas.
Da música Ó abre alas aos sucessos carnavalescos de hoje, muitos foram os caminhos percorridos pelos gêneros musicais, até predominarem definitivamente o samba e a marchinha como ritmos prediletos: tango-chula, polca, marcha-rancho, fado brasileiro, marcha-portuguesa, toada, canção, toada-sertaneja, valsa, maxixe, cateretê, chula à moda baiana e marcha-batuque, entre outros.

O desaparecimento das marchinhas
As marchinhas de carnaval marcaram época, reinaram ao longo de muitos anos e assim foram transmitidas de geração em geração, tendo como principais aliados a divulgação radiofônica, os bailes de salão e as próprias ruas.
Muitos foram os fatores que contribuíram para o seu declínio, mas, sem dúvida, a supremacia da música estrangeira e de outros gêneros carnavalescos (como, por exemplo, o samba-enredo), fizeram com que as gravadoras (multinacionais em sua maioria) mudassem de rumo. Nas décadas de 30 e 40, o custo de produção de um disco era baixo e a sua difusão, gratuita, o que permitia às gravadoras obterem lucros vantajosos. Com a sofisticação da técnica e o desenvolvimento da indústria fonográfica, houve melhoria na qualidade, mas os custos de produção encareceram substancialmente, dificultando o acesso e a penetração de nossas marchas.
A partir dos anos 60, as gravadoras passaram a não mais investir no gênero. Apesar de algumas tentativas isoladas (principalmente de Braguinha e do apresentador Sílvio Santos), a canção carnavalesca passou a ser considerada um investimento sem retorno; as multinacionais preferiam incrementar os lançamentos de música estrangeira, utilizando os tapes originais, vindo de suas matrizes, com custos muito reduzidos. O lucro fácil passou a imperar no mercado e com isso os nossos artistas foram perdendo o espaço e o entusiasmo.
Decretava-se dessa maneira o declínio do gênero carnavalesco, que perdendo apoio da indústria fonográfica e, conseqüentemente, dos meios de comunicação, acabaria não tendo mais condições de sobrevivência. Restavam aos foliões, além dos velhos clássicos, os chamados sambas-enredo e sambas de quadra que, graças ao prestígio crescente das escolas de samba, independeriam do disco para se popularizar.
De fato, o prestígio das escolas de samba aumentava a cada ano e, se não sensibilizou o mercado do disco, acabou atraindo um outro meio de comunicação bem mais sedutor: a própria televisão.
Com a chegada da transmissão em cores, no início dos anos 70, o carnaval passou a ser encarado como um espetáculo (bastante vantajoso por sinal) e com isso as escolas de samba obtiveram amplo destaque na mídia eletrônica. Para os organizadores, o "show" rendia (e rende) tanto através da venda dos ingressos - destinados aos turistas, em sua maioria - quanto das transmissões televisivas.
Sem entrar profundamente no mérito da questão - a participação cada vez menor do povo no carnaval - o fato é que, para a glória das escolas, o samba-enredo pediu e ganhou passagem e vem, ao lado das marchinhas que ainda resistem no salão, assegurando a nossa tradição carnavalesca.

Fonte: http://www.passeiweb.com/
Fotos: Googles imagens