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segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Segunda Guerra Mundial: Grã Bretanha: solitária porém irredutível

A Alemanha nazista e os países dominados:
Neville Chamberlain
Com a anexação da Polônia, Tchecoslovaquia, Áustria, Dinamarca, Suécia, Grécia, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e por último a França. O apoio da Itália e da Russia (aparentemente). A neutralidade da Suíça, Espanha e Portugal. O único país europeu que criava uma oposição ferrenha ao domínio da Alemanha Nazista era a Grã Bretanha. Winston Churchill ocupou o lugar de Neville Chamberlain como Primeiro Ministro da Inglaterra, de temperamento debochado e tempestuoso, Churchill foi uma pedra no sapato de Hitler na conquista plena, A máquina de guerra alemã provou que era superiora a todos os países do continente europeu, tal prova foi a derrota francesa, que em menos de pouco tempo foi arrasada por uma guerra relâmpago e o governo francês aceitou a capitulação e a divisão territorial do país, mas que logo se integrou para um domínio nazista. 
Winston Churchill
Mas a vantagem da Grã Bretanha era sua localização geografia, uma ilha separada pelo Canal da Mancha, um ataque em terra era quase inacessível, a não ser por uma invasão em massa pela esquadra marítima das embarcações e submarinos alemães e os ataques dos aviões bombardeiros pelo céus ingleses, tarefa que não foi dada uma importância considerável, porque Hitler tinha interesses maiores na conquista do Leste Europeu (principalmente na Russia que mesmo tinha mantido uma pacto de não agressão, que em breve seria derrubada pela ambições do Fuhrer). Entretanto, a Inglaterra não era tão desprotegida quanto se esperava, eles tinham a R.A.F. (Royal Air Force) e uma espetacular frota marítima de guerra, a única falha dessa proteção foi que a Inglaterra não estava preparada para uma guerra de tais proporções, não havia uma grande quantidade de soldados capacitados e os armamentos ainda eram precários, mesmo assim, eles mantinham uma defesa rígida contra as forças alemães e o apoio moral e politico do seu maior representante, o primeiro ministro. Nesse momento, tão importante quanto armas e estratégia, exorta Churchill, é a dedicação do povo à causa ocidental. "Hitler sabe que terá de nos vencer nestas ilhas, ou perderá a guerra. Temos de lutar até o fim. Temos de lutar nas praias, temos de lutar nas pistas de pouso, temos de lutar nos campos e nas ruas, temos de lutar nas colinas. Não podemos nos render", declarou. "Vamos nos dedicar de tal forma ao nosso dever que, se a Comunidade Britânica e o Império durarem por mais mil anos, os homens ainda dirão: aquele foi seu momento mais nobre." 

Dunkerque: O êxodo dos franceses e o milagre Britânico:

Tropas britânicas em batalha no litoral francês
de Dunkerque
Um milagre da libertação. Assim o primeiro-ministro britânico Winston Churchill definiu a Operação Dínamo, responsável por resgatar 338.226 homens das praias de Dunkerque, na França, em menos de uma semana. No início da operação, em 27 de maio, um dia após a rendição dos belgas, a expectativa dos militares ocidentais era de evacuar não mais do que 50.000 soldados cercados pelo Exército alemão na costa gaulesa. Ao todo, cerca de 200 embarcações militares e 800 civis, sob fogo cerrado da Luftwaffe, participaram da empreitada, comandada pelo vice-almirante Bertram Ramsey e encerrada no dia 4 de junho. O plano só foi possível graças à controversa decisão de Adolf Hitler de impedir o avanço de suas divisões blindadas em Dunquerque - divisões essas que estavam prestes a aniquilar o enfraquecido inimigo. "Hitler não quer correr riscos com os Panzers. Liquidar esse adversário acuado sobrou como tarefa da Força Aérea alemã", afirmou o general germânico Franz Halder, um dos maiores críticos da decisão do Führer, contestada - às escondidas, é claro - por oficiais e analistas militares do país. "Agora tudo que podemos fazer é sentar e observar milhares de inimigos escapando para a Inglaterra bem debaixo de nosso nariz", teria dito, inconformado, alguns dias depois.
A Luftwaffe conseguiu afundar seis contratorpedeiros e outras 243 embarcações; no total, as forças alemãs impingiram a perda de 60.000 combatentes aliados, entre mortos, feridos e desaparecidos. Na conta dos especialistas, porém, esse número saiu barato para os ocidentais, considerando-se que o exército francês estava enfraquecido, o exército belga havia se rendido e muitos portos do Canal já estavam sob o domínio nazista. Dos mais de 300.000 homens salvos, cerca de 118.000 foram franceses, belgas e holandeses a quem os britânicos, após a retirada de suas próprias tropas, voltaram para buscar em Dunquerque, em operações levadas a cabo pelo general Harold Alexander, da Força Expedicionária Britânica. Latas de sardinha - Os relatos do front são impressionantes. O sargento Leonard Howard, que desembarcou em solo britânico em 2 de junho, conta que o embarque dos soldados envolveu muita confusão. "Eles tentaram organizar filas, mas estava muito difícil, havia muito pânico. Me lembro de que, em determinado momento, um pequeno barco chegou a Dunquerque. Tanta gente subiu a bordo que a embarcação ameaçou virar. 
Foto: British Pathe
Aliviados, soldados resgatados na miraculosa 

operação comemoram o retorno


O responsável pelo barco viu que se não tomasse uma decisão não salvaria ninguém, e então atirou em alguns homens que estavam pendurados no casco. Também vi gente correndo para o mar, gritando, porque já estavam esgotados mentalmente." Do lado do resgate, o marinheiro-chefe Frederick Eldred, do destróier HMS Harvester, afirma que seu barco virou uma verdadeira lata de sardinha: o único lugar em que não colocou soldados foi na frente das armas. A Força Expedicionária Britânica deixou em Dunquerque praticamente todas as suas armas, a Marinha Real sofreu enormes baixas na frota e a Força Aérea teve nada menos do que 106 aviões abatidos. Por essas e outras, Churchill afirmou que as últimas semanas foram um "colossal desastre militar", e tratou de colocar os pés no chão, lembrando que os britânicos devem continuar lutando, agora para defender a Grã-Bretanha, próximo alvo do Reich. "Guerras não são vencidas com evacuações", afirmou.



As chuvas de bombas nas noites londrinas:
Catedral de St. Paul é cercada pela fumaça de prédios vizinhos bombardeados na Blitz de Londres  Foto: AP
Catedral de St. Paul é cercada pela fumaça
de prédios vizinhos bombardeados na "Blitz de Londres"
Hitler ainda desafiava essa força, para derrubar a Inglaterra de vez. Em resposta a um bombardeamento a capital alemã, Berlin. Ele intensificou os ataques aéreos noturnos sobre a capital inglesa, Londres. Foram em torno de cinquenta e sete noites em que as cercanias londrinas foram bombardeadas pelos aviões nazistas, destruindo prédios e residencias e matando milhares de civis ingleses. A primeira noite da chamada "Blitz de Londres" começou no fim da tarde do dia 7 de setembro de 1940, aeronaves alemãs voaram baixo, sobre o rio Tâmisa, e iniciaram o ataque despejando bombas no porto da cidade. Provocou a morte de 430 pessoas, afundou 60 barcos e destruiu o porto da cidade. 
Foto tirada por avião alemão exibe dois bombardeiros Dornier 217 sobrevoando área portuária de Londres durante dia de ataques  Foto: Getty Images
Foto tirada por avião alemão exibe dois bombardeiros
Dornier 217 sobrevoando área portuária de Londres
durante dia de ataques
No dia seguinte, novos bombardeiros mataram mais 400 pessoas. No dia 9, 200 aviões bombardearam a cidade durante o dia e outros 170 durante a noite, provocando a morte de 370 londrinos. Os ataques aéreos foram realizados durante 57 noites consecutivas, entre o meio de setembro e meio de novembro. Depois, bombardeiros continuaram atingindo a cidade regularmente por mais seis meses, até maio de 1941. Os cidadãos londrinos, durante as primeiras noites de ataque, foram pegos despreparados. Ao longo dos bombardeios, eles construirão diversos abrigos anti-bombas subterrâneos na cidade, até o histórico metrô da cidade serviu para a proteção das bombas. 

Imagens: Getty  Image inc.