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terça-feira, 24 de julho de 2012

Segunda Guerra Mundial: Operação Barbarossa. Os alemães provocam o gigante soviético

Stalin, o supremo ditador da União Soviética não tinha muita diferença em governar como Hitler, cruel e sanguinário, ele perseguia os seus adversários políticos e eliminava ou exilava nas minas geladas da Sibéria. Muitos morreram nas mãos desse tirano. Mas, durante os primeiros anos da Segunda Guerra, Stalin e Hitler formaram um pacto de não agressão o "Ribbentrop-Molotov", no qual a Alemanha Nazista não atacasse a Russia Comunista ou vice versa. Até ai, essa aliança demonstrava que ambos tinham até as mesmas genialidades e finalidades como ditadores, certo? Errado! Hitler era declaradamente inimigo do comunismo e aproveitou até certo ponto, das ações de fraternidade do seu ingenuo amigo russo. Stalin, por muito tempo, atendia as necessidades do arsenal bélico alemão como combustível e artefatos metálicos, o que ditador não imaginava que todo esses recursos iriam contra ele próprio. Em 18 de dezembro de 1940, entre seus generais, Hitler planejava uma operação de invasão e conquista do território russo e isso foi posto em ação em 22 de Junho de 1941. o nome dessa operação era uma homenagem ao grande rei do Sacro Império Romano-Germânico nas cruzadas medievais no século XII: "Frederico BARBARROSA"!

Operação Barbarossa (em alemão: Unternehmen Barbarossa) foi o codinome pelo qual ficou conhecida a operação militar alemã para invadir a União Soviética, iniciada em 22 de junho de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, rompendo assim com o "Pacto Ribbentrop-Molotov" (ou tratado de não-agressão) acordado entre os dois Estados menos de dois anos antes.
Considerada a maior e mais feroz campanha militar da história em termos de mobilização de tropas e baixas sofridas, onde 4,5 milhões de soldados do Eixo invadiram a União Soviética numa frente de 2900 km sendo também utilizados 600.000 veículos automotores e 750.000 cavalos. 

Roleta Russa: As intenções dos Nazistas 
1941 Hulton Archive/Getty Images
Infantaria motorizada das forças armadas alemãs avançando
 para a Ucrânia durante a invasão da Rússia, junho de 1941.
As atitudes do líder soviético Stalin deram as justificativas para a invasão alemã e a necessidade de uma vitória. Nos anos 1930, Stalin havia ordenado que milhões de cidadãos, e muitos oficiais soviéticos competentes, fossem eliminados no que ficou conhecido como Grande Expurgo. Foi feito um apelo pela propaganda alemã de que os soviéticos planejavam atacá-los.
O ditador nazista Adolf Hitler deixara claro a seus generais que desejava terminar a questão soviética antes do rigoroso inverno russo – em outras palavras, a campanha deveria ser rápida e fulminante, onde a Luftwaffe deveria eliminar e paralisar a Força Aérea Russa na maior extensão possível, apoiando o avanço do Exército Alemão. Como havia ocorrido na Blitzkrieg, os pilotos de Göring fariam ataques preventivos contra as forças inimigas, buscando alcançar a superioridade aérea que permitisse a eles utilizar os bombardeiros e caças para cortar as linhas de suprimentos e comunicação, isolando as tropas soviéticas que estivessem no fronte.
Tanques Panzers alemães, atacando
o front russo,1941
Mas, na véspera da invasão, o ditador italiano Benito Mussolini pediu ajuda a Hitler, pois havia tentado invadir a Grécia através da Albânia, que haviam conquistado em 1939, e, não apenas não haviam dominado a Grécia, como estavam em vias de perder a Albânia para os gregos. Hitler enviou ajuda, e dominou quase toda a região dos Balcãs. E isso atrasou a Operação Barbarossa em algumas semanas, atraso que se mostrou decisivo, pois logo veio o temido inverno russo.
Três grandes grupos de exércitos foram formados: o Norte, encarregado de ocupar a Lituânia e Letônia rumo a Leningrado (atual São Petersburgo), recebendo o apoio da recém formada Luftflotte 1 sob comando do general Alfred Keller, contando com 480 aeronaves; o Centro, que visava um ataque frontal à capital Moscou, com o apoio da Luftflotte 2, sob o comando de Albert Kesselring, contando com 1.080 aeronaves e o Sul, destinado a ocupar os vastos campos de trigo da Ucrânia e, por fim, o petróleo do Cáucaso, recebendo o apoio da Luftflotte 4 comandada pelo General Alexander Lohr, com uma força de 690 aviões.

A Ofensiva Alemã
1941 Max Alpert/Slava Katamidze Collection/Getty Images
Mulheres e crianças andando para o
leste da Rússia depois da invasão alemã.
Às 3:15 da madrugada do domingo de 22 de junho de 1941, cerca de 4 mil veículos blindados e 180 divisões formadas por mais de 3,5 milhões de soldados do Eixo irromperam sobre as defesas soviéticas. Por ar, a Luftwaffe atacou as bases inimigas que havia detectado dias antes com aeronaves de reconhecimento, tendo assim alcançado um grande sucesso ao destruir cerca de 1800 aeronaves soviéticas somente no primeiro dia de invasão e até o dia 29 de junho, este número já havia chegado a 4000 aeronaves destruídas, sendo 2500 destas destruídas pela Luftflotte 2, sofrendo uma perda de somente 150 aeronaves.
A mobilização do Exército Vermelho para tentar deter o avanço alemão não foi capaz de deter o ímpeto do ataque; centenas de milhares de soldados foram envolvidos em combate pelos alemães. Cidades como Minsk e Kiev foram cercadas em poucos dias. Em agosto de 1941, os alemães haviam aprisionado meio milhão de soldados soviéticos, e pelo menos outras 89 divisões (cerca de 1,8 milhão de soldados) teriam o mesmo destino antes de dezembro. Nos primeiros dias do ataque, o líder soviético Josef Stalin permaneceu isolado, sem emitir comunicados. O fato de a Alemanha tê-lo traído o perturbava. Em 3 de julho de 1941, Stalin transmitiu um comunicado de terra arrasada: cidades, casas e plantações deveriam ser destruídos ou queimados, para privar os invasores de seus recursos. O povo soviético deveria abandonar toda e qualquer complacência com os alemães.
1941 Keystone/Getty Images
Grupo de bolcheviques capturados pelos
 nazistas na Operação Barbarossa.
Embora relativamente eficiente, no sentido de reanimar a população desesperada pela ofensiva alemã e por usar a linguagem típica do camponês russo, os ecos da transmissão não foram unânimes. Em parte por seu regime e pelas dificuldades originadas pelas reformas econômicas que ele implantara tão drasticamente.
Assim sendo, em muitas aldeias da Ucrânia, Lituânia, Letônia e Estônia, estas três últimas eram estados independentes pró-nazistas antes de serem anexadas por Stalin em 1940, os invasores alemães foram recebidos como "libertadores". Em novembro de 1941, os alemães já tinham conquistado uma área quatro vezes maior que a Grã-Bretanha. O cerco a Leningrado começara, e perduraria por três anos. Moscou estava a apenas algumas semanas de marcha. Foi quando os primeiros flocos de neve começaram a cair, prejudicando o avanço alemão, uma vez que as tropas alemãs não estavam preparadas para o rigoroso inverno russo.

A grande virada: O "General Inverno" ataca!
1944 Hulton Archive/Getty Images
Soldados alemães cobertos de neve e gelo durante
o inverno na União Soviética.
Cerca de 250 mil soldados da Wehrmacht pereceram ao enfrentar, além dos russos, temperaturas abaixo de dez graus negativos. Ambos os lados lutaram bravamente, nas mais duras condições. Vale ressaltar que o nome da cidade de Stalingrado era uma homenagem a Josef Stalin, o que tornava maior seu valor para os alemães, caso fosse tomada.
Outra conseqüência do rigoroso inverno foi que as armas e veículos alemães paravam de funcionar em temperaturas tão baixas, o que retardava ainda mais o avanço. O "General Inverno" outra vez se impunha, como já havia feito contra Napoleão Bonaparte em 1812. Nas áreas conquistadas, o inverno atuou contra as tropas russas, pois os alemães encontravam-se abrigados. Deve-se ressaltar, portanto, que o inverno tornou as condições terríveis para ambos os exércitos.
Com o fulminante avanço alemão sobre a capital da União Soviética, instalou-se o desespero entre os moscovitas. Muitos fugiram, entre eles muitos dirigentes do Partido Comunista da União Soviética. Mas Stalin permaneceu – numa tentativa de reerguer o moral do povo. Entregou a hercúlea tarefa de defender a cidade a seu mais experimentado e competente general, Georgy Jukov. Tão truculento e resoluto quanto seu líder, ele reorganizou o Exército Vermelho e fê-lo desfechar um gigantesco contra-ataque sobre as tropas alemãs. Em janeiro de 1942, os russos já tinham forçado a Wehrmacht a recuar cerca de 200 quilômetros, salvando a capital.
1942 Slava Katamidze Collection/Getty Images
Tanque soviético passa por corpo de soldado
alemão morto e coberto de neve. União Soviética
Hitler mudou de idéia, instigando um ataque ao Cáucaso que levaria os alemães a uma derrota fragorosa em Stalingrado e à reversão da ofensiva na frente oriental. Os russos ainda teriam de trilhar um longo caminho para expulsar o invasor de sua pátria.
Com a falha da Operação Barbarossa, ficaram complicadas as futuras operações dentro do território soviético, tendo todas estas tentativas falhado, como a continuação do Cerco de Leningrado, Operação Nordlicht, e a Batalha de Stalingrado, entre outras batalhas no território soviético ocupado. Foi aberto um novo fronte na Segunda Guerra, a Frente Oriental, onde foram concentradas mais forças do que em qualquer outro teatro de guerra da história, sendo assim, ficou inevitável que neste fronte ocorressem algumas das maiores batalhas, baixas e atrocidades, trazendo o horror para as forças alemães e soviéticas que ali se enfrentavam, influenciando decisivamente no curso da guerra e da história do século XX.