Durante o inicio a Segunda Guerra, as duas potência: EUA e URSS ficaram a margem dos acontecimentos, A Rússia tinha estabelecido um pacto de "não agressão" a Alemanha, mesmo que um dos objetivos de Hitler era derrubar o comunismo de vez na Europa e futuramente tinha planos de dominar o território russo, bem debaixo do nariz de Stalin, o todo soberano soviético. Já os Estados Unidos nem queria se envolver com a guerra. Para eles, a guerra era questão da Europa, e o EUA ajudou de certa forma, no armamento de ambos os lados. Mas um país do Eixo não estava satisfeito com a neutralidade americana, e toda essa soberania interferia nas conquistas dos territórios do extremo oriente: O Japão.
Para a Alemanha, a neutralidade dos americanos não interferia no andamento da guerra. E também, a neutralidade da URSS já tinha caído por terra com a operação Barbarossa em 1941. Entretanto, já era de se prever que essa delicada diplomacia não ficaria isenta por muito tempo. Já o Japão cometeu um golpe profundo no orgulho americano e a Guerra tomava outro rumo...
O crescimento da Nação Japonesa |
O imperador Hirorito em inspeção de sua leal tropa de soldados |
Preparação japonesa:
Isoroku Yamamoto |
Os comandantes japoneses elaborando as manobras para surpreender os americanos na base de Pearl Harbor |
Pilotos japoneses recebendo as últimas ordens antes do ataque |
As aeronaves japonesas prontas para o ataque, saindo do porta avião Shokaku |
A fragilidade dos americanos em Pearl Harbor
A posição dos navios de guerra
americano apresentava uma atrativa concentração de alvos.
Foto tirada da base de Pearl Harbor para reconhecimento de ataque |
A força de inteligência americana, através do Serviço de Inteligência do Exército e da unidade OP-20-G do Escritório de Inteligência da Marinha, tinha interceptado mensagens diplomáticas japonesas e tinham decifrado o código Púrpura, embora as mensagens não contivessem qualquer informação militar estratégica ou tática. Das máquinas com o nome de código Magic utilizadas para decifrar o código Púrpura, existiam três no Reino Unido, quatro em Washington e uma numa base nas Filipinas, não existindo nenhuma em Pearl Harbor. A distribuição da informação decifrada era confusa e insuficiente não chegando por meses a ser transmitidas as informações que mencionassem Pearl Harbor para o comandante da frota em Pearl Harbor. Contudo, avisos foram enviados para todos os comandantes das forças estado-unidenses no Pacífico, incluindo a clara mensagem de guerra nos finais de Novembro de 1941.
"Milhares de aviões" preparados para matar |
No começo, os americanos imaginavam que era apenas manobras de treinamento... |
Parte do plano japonês do ataque incluía terminar as negociações dos últimos meses com os EUA, 30 dias antes do início do ataque. Diplomatas da embaixada do Japão em Washington, incluindo o embaixador japonês, Almirante Kichisaburo Nomura, e um representante especial Saburo Kurusu, tinham estado a conduzir negociações com o Departamento de Estado sobre as reacções dos EUA ao avanço das forças japonesas para a Indochina no Verão.
O ataque
Aviões japoneses atacando as embarcações americanas |
Navios americanos em chamas |
O ataque começou às 7h53min (hora local) de 7 de dezembro, que no horário de Tóquio correspondia às 3h23min de 8 de dezembro. Os aviões japoneses atacaram em duas vagas, nas quais 353 aviões chegaram a Oahu. A primeira vaga foi liderada por 186 torpedeiros-bombardeiros vulneráveis, aproveitando os primeiros momentos de surpresa atacando os navios no porto enquanto bombardeiros-de-mergulho atacavam as bases aéreas ao longo de Oahu, começando pelo campo aéreo Hickam, o maior, e o campo aéreo Wheeler, a principal base de caças. A segunda vaga de 168 aviões atacou o campo Bellows e a ilha Ford, uma base aérea naval e marinha no meio de Pearl Harbor. A única força de oposição veio de alguns P-36s e P-40s e de fogo antiaéreo naval.
Perdas da Marinha Imperial Japonesa
Avião japonês abatido |
Dos aviões que não retornaram, 15 eram bombardeiros de mergulho ou de nível, 5 aviões torpedeiros e 9 caças de escolta.
Dos cinco mini-submarinos que participaram da operação, 4 foram destruídos, e o quinto encalhou num recife, sendo seu capitão capturado. Nenhum logrou causar quaisquer danos ao inimigo. Um submarino convencional da classe "I" também acabou destruído.
Perdas das Forças Armadas dos EUA
- O encouraçado Arizona explodiu, levando mais de 1000 vidas
- O encouraçado Oklahoma emborcou, deixando apenas pequena parte do casco acima da linha de água
- O encouraçado California afundou, ficando parte das suas bateriais principais acima da linha de água
- O encouraçado Nevada encalhou, sofrendo danos severos
- O encouraçado West Virginia afundou
- O encouraçado Maryland sofreu danos moderados, sem necessidade de reparos em doca seca
- O encouraçado Tennessee sofreu danos moderados, exceto na ponte de comando, onde os danos foram severos
- O encouraçado Pennsylvania, atingido nas docas secas, sofreu danos sérios, porém não de natureza vital
- O encouraçado Utah, usado como navio alvo, emborcou
- Os cruzadores Leves Releigh, Helena e Honolulu foram danificados moderadamente
- Os contratorpedeiros Cassin, Downess e Shaw foram seriamente danificados
- O navio de reparos Vestal foi intencionalmente encalhado para prevenir afundamento
- O porta-hidroaviões Curtiss foi severamente danificado por choque com um avião e por uma bomba de 500 kg
- O lança-minas Oglala emborcou.
Embarcações ainda explodindo após o ataque |
Os aviadores japoneses concentrara-se nos navios de superfície, poupando outros alvos de grande interesse. Nenhum dos nove submarinos que estavam fora dos bunkers foi alvejado. As oficinas de reparo não foram atingidas, permitindo que a recuperação de diversos navios danificados iniciasse imediatamente. O parque de tanques de combustível tampouco sofreu danos relevantes. Se fosse destruído, tornaria a base inoperante por um longo período.
Decisão de Nagumo de retirar após as duas vagas
Base de submarinos de Pearl Harbor, junto aos depósitos de combustível, 13 de Outubro de 1941.
Comandante: Chuichi Nagumo |
A performance das defesas antiaéreas tinha melhorado muito na segunda vaga (20 aviões perdidos) em relação à primeira (9 aviões perdidos), e dois terços das perdas japonesas aconteceram durante a segunda vaga, devido em parte aos norte-americanos já estarem alertados. Uma terceira vaga teria sofrido perdas ainda maiores.
As duas primeiras vagas tinham utilizado essencialmente todos os aviões preparados posteriormente ao ataque, e uma terceira vaga teria levado tempo a ser preparada, dando provavelmente tempo às forças estado-unidenses para encontrar e atacar a frota de Nagumo. A localização dos porta-aviões estado-unidenses em exercício antes do ataque continuava desconhecida para Nagumo.
Os pilotos japoneses não tinham treinado para o ataque às bases navais de Pearl Harbor e organizar tal treino demoraria ainda mais tempo.
O combustível disponível não permitia que a força japonesa ficasse mais tempo a norte de Pearl Harbor.
A hora da possível terceira vaga seria tão tarde que obrigaria os aviões a voltarem aos seus porta-aviões após o anoitecer. As operações aéreas noturnas ainda eram muito recentes em 1941, e nenhuma força mundial tinha ainda desenvolvido técnicas eficazes.
A segunda vaga tinha completado essencialmente a missão inteira: neutralizar a frota americana no Pacífico.
Os porta-aviões eram necessários para servirem de suporte para o ataque principal japonês contra as Filipinas, as Índias, Malásia e Birmânia, no qual o objectivo era capturar combustível e outros recursos. Nagumo tinha ordens directas para não arriscar o seu comando mais do que o necessário. As previsões posteriores ao ataque indicavam que, provavelmente, a força japonesa sofreria a perda de dois a quatro porta-aviões durante o ataque, e Nagumo estava bastante contente por não ter sofrido grandes baixas e não queria abusar da sua sorte.
Ataques posteriores
Mais tarde durante a guerra vários outros ataques numa escala menor foram efectuados contra Pearl Harbor. A Março de 1942 na Operação K-1, em preparação para a invasão de Midway, dois hidroaviões japoneses Kawanishi H8K, baseados em Wotje nas Ilhas Marshall, descolaram para efetuar reconhecimento aéreo para ver como estavam as reparações a serem levadas a cabo em Pearl Harbor, e para bombardearem a importante doca de reparações Ten-ten. Por causa da distância, necessitou de reabastecimento durante a viagem, sendo este efetuado através de submarinos a 800 km do nordeste de Pearl Harbor. A fraca visibilidade durante a missão fez com que as bombas fossem largadas a alguns quilómetros do seu alvo.
Apenas algumas horas após o início do ataque a Pearl Harbor (dia seguinte, 8 de Dezembro de 1941, na linha internacional de data), tropas japonesas começaram a atacar os territórios de Hong Kong, seguido de alguns ataques às Filipinas, Wake Island, Malásia, e Tailândia e o afundamento do HMS Prince of Wales e Repulse.
Franklin Delano Roosevelt a assinar a declaração de guerra no dia seguinte ao ataque.
A notícia chega nos jornais americanos |
Presidente Roosevelt assinando a declaração de guerra |
Em termos de objetivos, o ataque a Pearl Harbor foi um tremendo sucesso tático. Até mesmo o ataque surpresa dos porta-aviões britânicos à base naval italiana de Taranto, em 1940, não foi tão devastante em termos de danos causados, embora tenha sido um sucesso ao neutralizar a Marinha Italiana. Devido à suas graves perdas em Pearl Harbor e a invasão subsequente das Filipinas, a Marinha dos EUA ficou impossibilitada, nos seis meses seguintes ao ataque, de ter qualquer papel significativo no teatro de guerra do Pacífico. Com a frota
americana fora de combate, o Japão podia, temporariamente, e sem preocupações, conquistar o Pacífico e expandir-se para o sudoeste Asiático, o sudoeste do Pacífico e até ao Oceano Índico. Embora o ataque a Pearl Harbor tenha sido o ataque mais notável em solo norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial, houve mais ataques.
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Ataque_a_Pearl_Harbor
Imagens: Google image
Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Ataque_a_Pearl_Harbor
Imagens: Google image