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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Darwin, o Evolucionismo e... Bananas???


Charles Robert Darwin nasceu em uma família próspera e culta. Seu pai, Robert, era um médico respeitado e seu avô paterno, Erasmus, poeta, médico e filósofo. Em 1825, foi para Edimburgo estudar medicina, mas abandonou a carreira. Mudou-se para Cambridge, disposto a se tornar um sacerdote anglicano, mas ficou amigo do botânico John Stevens Henslow, com quem aprofundou seus conhecimentos em história natural, matéria em que seu talento que se manifestava desde a infância. Henslow conseguiu incluir Darwin como naturalista numa expedição ao redor do globo no navio H. S. S. Beagle, que deixou Davenport em 27 de dezembro de 1831 rumo à América do Sul (inclusive o Brasil) e da Austrália, além de vários arquipélagos tropicais.

Darwin fez escavações na Patagônia, onde encontrou fósseis de mamíferos já extintos. Darwin descobriu o fóssil de um animal gigantesco, com a organização esquelética muito semelhante à dos tatus que hoje habitam o continente sul-americano. Nas ilhas Galápagos, um conjunto de ilhas pequenas e áridas, situadas no Oceano Pacífico a cerca de 800 Km da costa do Equador, Darwin encontrou uma fauna e uma flora altamente peculiares, que variavam ligeiramente de ilha para ilha. Foram quatro anos e nove meses de pesquisas. Ele juntou fósseis, amostras geológicas, observou milhares de espécies vegetais e animais, erupções vulcânicas e terremotos. Darwin notou que um mesmo animal tinha características próprias de uma região para outra. O mesmo acontecia em espécies separadas pelo tempo, como demonstravam os fósseis. Embora bem definidas na mente de Darwin, as idéias evolucionistas eram apenas assunto para um círculo íntimo de amigos, pois se chocavam com a versão bíblica da criação e com a noção filosófica grega de formas ideais.

O navio H. S. S. Beagle
Darwin só se tornou verdadeiramente evolucionista vários meses após regressar de sua viagem, em cerca de 1837. Só então, pode compreender o significado evolutivo de suas observações em Galápagos e em outros locais ao rever suas anotações e submeter o material coletado na viagem a diversos especialistas. A pergunta que Darwin se fazia era: se os animais e plantas tinham sido criados tal e qual se apresentam hoje, porque razão espécies distintas, mas notadamente semelhantes, como as de pássaros e tartarugas de Galápagos, foram colocadas pelo criador e ilhas próximas, e não distribuídas homogeneamente pelo mundo? Era realmente surpreendente que ilhas de clima e condições físicas semelhantes, mas distantes uma das outras (como Galápagos e Cabo Verde, por exemplo) não tivessem espécies semelhantes.

A rota do Beagle 
Darwin acabou concluindo que a flora e a fauna de ilhas próximas são semelhantes porque se originam de ancestrais comuns, provenientes dos continentes próximos. Em cada uma das ilhas, as populações colonizadoras sofrem adaptações específicas, originando diferentes variedades de espécies. Por exemplo, as diversas espécies de pássaros fringilídeos de Galápagos provavelmente se originaram de uma única espécie ancestral oriunda do continente sul-americano. A diversificação da espécie original, que teria originado as diferentes espécies atuais, deu-se como resultado às diferentes ilhas do arquipélago.


O evolucionismo, porém, já era uma corrente importante na biologia. Animado ao conhecer o trabalho do zoólogo Alfred Russell Wallace que chegava a conclusões semelhantes, Em 1839, após se casar com Emma Wedgwood, foi viver no campo, na terra natal. Sofreu de uma doença não diagnosticada na época, e suspeita-se que tenha sido o mal de Chagas. Darwin publicou, em 1859 seu livro conhecido hoje como "A Origem das Espécies". O nome completo era: "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Conservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida". Pela seleção natural, as condições ambientais determinam quanto uma determinada característica ajuda na sobrevivência e na reprodução de um ser vivo. Aqueles com características mais eficientes para se adaptar a seu meio-ambiente geram mais filhos e os outros podem morrer antes de se reproduzirem ou serem menos prolíficos. 

Darwinismo... Pura macaquice???
O conceito de que só os fortes sobrevivem, porém, é um erro comum. Por exemplo, conforme as condições, um animal muito robusto pode demandar mais alimento e ter menos chances do que um outro mais ágil. Como previa o naturalista, o pensamento conservador reagiu à sua teoria. Embora os cientistas tenham concluído que Darwin estava certo, a polêmica permanece até hoje nos meios filosóficos e religiosos. Há setores destes últimos que proíbem o ensino do evolucionismo darwiniano em escolas, pois adotam a teoria do criacionismo, da criação do ser humano por Deus, como está na Bíblia. Independente de qualquer polêmica, porém, o evolucionismo darwinista foi a base das ciências biológicas contemporâneas. Extremamente apegado à família, o caráter modesto e cuidadoso de Darwin atraía a simpatia até dos adversários. Fulminado por um ataque cardíaco em 19 de abril de 1882, foi enterrado na abadia de Westminster, por solicitação expressa do Parlamento inglês.


Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/charles-robert-darwin.jhtm
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao15.php
Imagens: Google Image.